Estudo mostra correlação entre autismo e obsidade da mãe durante gestação
Nova York (RV) – Um estudo norte-americano publicado nesta segunda-feira mostra
que as mães obesas ou diabéticas têm mais chances de ter um filho autista ou com problemas
no desenvolvimento cognitivo que as mães que estão com o peso dentro da normalidade.
Os resultados foram divulgados na revista Pediatrics.
Os autores do estudo
examinaram mil mães e filhos, de diferentes classes sociais, todos habitantes da Califórnia.
Neste grupo, pelo menos metade das crianças eram autistas, 172 apresentavam problemas
cognitivos e 315 eram consideradas como normais.
Não foi possível comprovar
que a obesidade ou a diabete da mãe originaram os problemas psicológicos das crianças,
mas verificou-se a existência de uma correlação. Segundo os cientistas, a possibilidade
de uma mãe obesa dar à luz um filho autista é 67% maior em relação a uma mulher que
tenha um peso normal. A pesquisa ainda mostrou que mais de 20% das mães que tiveram
um filho autista, ou com problemas de desenvolvimento, estavam muito acima do peso.
Uma
das causas levantadas foi que a longa exposição do feto à insulina poderia trazer
má formação do sistema neurológico. Outra explicação possível seria a de que a mãe
diabética também precisa de mais oxigênio que as demais, não disponibilizando o necessário
para o bebê se desenvolver normalmente.
Conforme a responsável pelo estudo,
Paula Krakowiak, pesquisadora da Universidade da Califórnia, "a relação entre a saúde
da mãe e os problemas de desenvolvimento neurológico da criança pode ter repercussões
em termos de saúde pública." Tem-se o dado de que os casos de autismo diagnosticados
em crianças americanas aumentaram em 23% entre 2006 e 2008. (ED)