2012-04-10 11:04:59

CIMI pede ajuda à ONU em questão indígena


Rio de Janeiro (RV) - O Conselho Indigenista Missionário (CIMI) pediu a intervenção das Nações Unidas (ONU) junto ao governo brasileiro para “deter as graves violações de direitos humanos envolvendo os povos indígenas do país”. Segundo o Conselho, os dois casos mais preocupantes estão relacionados com a violência no Mato Grosso do Sul, que já provocou 250 mortes na tribo Guarani-Kaiowá, entre 2003 e 2010, e o óbito de 300 indígenas no Vale do Javari, Amazonas, devido a doenças controláveis como hepatite e diarreia infantil.

No documento entregue à representante da ONU, os responsáveis do CIMI, organismo vinculado à Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), lamentam que “passados mais de 20 anos da promulgação da Constituição Federal, somente um terço das 1.046 terras indígenas tenham sido demarcadas". E que estejam em curso, no Congresso Nacional, medidas que podem levar a um retrocesso das conquistas históricas destes povos.

Segundo o representante do CIMI, Adelar Cupsinski, as denúncias sobre as condições de vida dos guarani kaiowá já foram levadas à Organização dos Estados Americanos (OEA):
“Na OEA, o Brasil já apresentou contestação, e o processo está em análise. No Mato Grosso do Sul, há uma situação de confinamento dos povos indígenas em pequenas reservas”.

As denúncias e o pedido de intervenção foram feitos durante encontro terça-feira, 3, com a Subsecretária Geral para Assuntos Humanitários da ONU, Valerie Amos. A audiência ocorreu na sede do Itamarati, no Rio de Janeiro, e contou com a participação de outras organizações dos movimentos sociais, entre elas a Fase, Médicos Sem Fronteiras, Care Brasil e Viva Rio.
(CM)








All the contents on this site are copyrighted ©.