2012-04-06 13:18:14

Crise e sofrimento das famílias evocadas pelo Papa no final da Via-Sacra do Coliseu de Roma


(7/4/2012) O Papa disse esta sexta feira que o caminho da Via-Sacra é um “convite” feito de “modo especial às famílias” para “contemplar Cristo e ter forças para ultrapassar as dificuldades” que tantas pessoas estão a sentir.
“A situação de muitas famílias vê-se agravada, hoje em dia, pela precariedade do emprego e outras consequências negativas provocadas pela crise económica”, lembrou Bento XVI, que ontem á noite presidiu à celebração da Via-Sacra no Coliseu de Roma.
O Papa disse que o sofrimento “marca a humanidade” e, “naturalmente as famílias”, num caminho “tantas vezes cansativo, com incompreensões, divisões, preocupações com o futuro dos filhos, doenças, incómodos de vários tipos”.
Bento XVI pediu às famílias para “olharem para a Cruz de Cristo” quando passarem por provas ou enfrentarem o “sofrimento e a tribulação”.
“Nas tribulações e dificuldades, não estamos sozinhos; não está sozinha a família”, sublinhou, referindo ser para o “amor de Cristo” que os homens e as famílias se devem “voltar” quando “os desvarios e outras dificuldades” puserem em risco e ferirem a unidade da vida e da família.
As dificuldades familiares, o divórcio e a traição no casamento são alguns dos temas que estiveram presentes nas meditações da Via-Sacra de Sexta-feira Santa no Coliseu de Roma.
Da autoria de um casal italiano Danilo e Anna Maria Zanzucchi, do movimento Focolares, escolhidos por Bento XVI, o esquema percorreu as “tradicionais” 14 estações relembrando os momentos da prisão, julgamento e execução de Jesus.
As reflexões recordaram as pessoas que sofrem por causa da “falta de respeito pela pessoa humana, pela sua intimidade”, os que vivem “anestesiados pelo bem-estar” e destaca as “tentações do mundo” que estão na origem de separações, traições, divórcios, abortos ou abandonos, os mártires de hoje, os que sofrem onde a Igreja é perseguida, deixando uma mensagem de esperança.
A oração inicial da Via-Sacra evocou “dores pessoais e coletivas”, as “noites da humanidade” e as “misérias” da Igreja.
A cruz foi transportada nos vários momentos de oração pelo cardeal Agostinho Vallini, vigário do Papa para a Diocese de Roma, também por uma família da mesma localidade - Franco Brusco e os filhos Angelo e Pasqualina.
Da União nacional italiana de transporte de doentes a Lourdes e santuários internacionais participou uma família, Jacopo Rocchi e Fabiana Gentile e os filhos, Andrea e Alfredo.
Da Irlanda, a família Michele Frabetti e Helen Reilly, e os filhos, Liam e Declan transportaram a cruz durante a VI e VII estação.
Dois frades franciscanos da Custódia da Terra Santa, padre Giuseppe Ferrara padre Firas Lutfi, transportaram a cruz durante a VIII e IX estações.
Vindos do país africano Burquina-Faso, a família Dominique e Juliette Bamouni e os filhos Arie e Camille, transportaram a cruz na X e XI estações.
A família Alfredo Juan Gozar e Antonia Julia Barrios e os filhos, Katerine Antonia e Gabriella Antónia, vieram do Peru e transportaram a cruz na XII e XIII estações
(discurso integral em Igreja)







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