2012-04-04 12:02:54

Mianmar: alegria da Igreja pelas eleições


Yangun (RV) – Alegria da Igreja Católica birmanesa pela regular realização das eleições supletivas em Mianmar no último dia 1º de abril, que concretizaram a vitória da Liga Nacional pela Democracia e o sucesso pessoal de Aung San Suu Kyi, eleita com mais de 80% dos votos. Entrevistado por telefone pela agência AsiaNews sobre o resultado do voto, o Arcebispo de Mandalay, Dom Paul Zingtung Grawng, disse “estar feliz” pelo resultado das eleições e como se realizaram os trabalhos.

“Desde o início da campanha eleitoral – explica o prelado – era evidente o amor das pessoas por Aung San Suu Kyi; sabia-se que se as eleições fossem livres e justas como prometido, este teria sido o resultado”. O prelado acrescenta que “todo o povo alimenta muita esperança na senhora” e espera possa contribuir ao progresso da nação.

Para Dom Zingtung Grawng, a Igreja pode contribuir a “lançar os alicerces para a construção de uma nação forte”, sobretudo nos setores da “saúde e da instrução”, também porque "Aung San Suu Kyi pede a todos, minorias religiosas e étnicas, para contribuir de modo ativo na construção do País”.

Dom Francis Daw Tang, Bispo de Myitkyina, no estado setentrional de Kachin, fala de “momento importante” para todos os birmaneses, também se em três distritos de Kachin não houve eleições por problemas de segurança, como disseram as autoridades birmanesas. “Os civis logicamente não ficaram felizes – declara o prelado à AsiaNews -, também se a situação não era tão problemática” ao ponto de adiar as eleições.

“A minha esperança – acrescenta Dom Francis – é que todos estes novos políticos que entram no Parlamento possam trabalhar pelo bem do País e da população de Kachin. Este voto pode representar, realmente, uma ocasião de paz e de progresso” numa área palco, nos últimos meses, de enfrentamentos entre milícias étnicas e o exército birmanês.

De acordo com as últimas informações são ainda 60 mil os deslocados, obrigados a abandonar suas terras e casas. Fontes de AsiaNews no Arcebispado de Yangun, que pedem o anonimato, confirmam a importância da eleições, mas alertam que “apesar do otimismo, é preciso ver o que fará o governo”, porque “podem acontecer tantas coisas”. Se o cenário no futuro continuar difícil, fica, porém, a satisfação “por ter conseguido escolher livremente para onde queremos andar”: também se houve a renovação de 45 cadeiras das mais de 600, “a mudança é visível no Parlamento” e “será importante”. (SP)








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