Havana se prepara para Missa na Praça da Revolução
Havana
(RV) – Horas intensas aqui em Havana, talvez as mais intensas desta etapa cubana
da 23ª viagem apostólica de Bento XVI. Após um momento fortemente espiritual, “a razão
desta viagem”, como definiu o porta-voz vaticano, Pe. Lombardi, a visita do Pontífice
ao Santuário Nacional da Virgem da Caridade do Cobre, Bento XVI viveu um momento emblemático
de diplomacia, ou seja, a visita de cortesia ao Presidente Raúl Castro, no Palácio
Presidencial.
Na pauta, temas humanitários, mas também um pedido explícito
de Bento XVI ao governo: que a Sexta-feira Santa seja feriado – tema que Castro analisará.
Nesta quarta-feira, último dia em Cuba, espaço para o evento que conglomerá o maior
número de cubanos: a Santa Missa na Praça da Revolução. São esperadas cerca de 700
mil pessoas, católicos e não.
A celebração eucarística, todavia, é o ápice
de um percurso. Milhares de fiéis estão se preparando há meses para este momento.
Significativa foi a missa, nesta terça-feira na Catedral de Havana, que uniu cubanos
locais e cubanos que vivem em Miami – para reforçar a importância reconciliação –
um dos temas, inclusive, do Ano Jubilar Mariano, vivido pela Igreja cubana.Mas são
os jovens os verdadeiros protagonistas.
Na terça-feira, ainda em Santiago,
o Papa saudou do balcão da nunciatura a juventude aglomerada. “Obrigado pelo entusiasmo”
– disse a eles Bento XVI, que por sua vez respondeu entusiasmado. Para a missa desta
quarta, a Pastoral da Juventude organizou uma vigília de oração na Catedral de Havana
da meia-noite às cinco da manhã, saindo a seguir em procissão, de igreja em igreja,
para confluir juntos à Praça da Revolução. Mas o que podemos falar da juventude cubana?
Palavra ao brasileiro Antonio Silva da Cunha, do Movimento dos Focolares, que trabalha
diretamente com os jovens:
De Havana para a Rádio Vaticano, Bianca Fraccalvieri