Núncio Apostólico no México: Papa ajudará país a ver futuro com otimismo
Cidade do Vaticano (RV) - Faltam poucos dias para a viagem do Papa ao México
e a Cuba: Bento XVI partirá na próxima sexta-feira, dia 23, e retornará ao Vaticano
dia 29. A primeira etapa é o México, grande país latino-americano chamado, atualmente,
a enfrentar muitos desafios: mas qual realidade o Papa encontrará? Foi o que a Rádio
Vaticano procurou saber do Núncio Apostólico no México, Dom Cristophe Pierre. Eis
o que disse:
Dom Cristophe Pierre:- "O México é um país que, como se
sabe, é profundamente religioso e que ficou muito impressionado com as precedentes
visitas de João Paulo II: o encontro entre João Paulo II e o povo mexicano foi espetacular
e inevitavelmente caracterizou a sua cultura e a história recentes. Mas é também um
país que está mudando rapidamente e esperamos que esse encontro com Bento XVI seja
uma experiência verdadeiramente nova. O país vive também momentos muito difíceis e,
há alguns anos, sofre o problema da violência, causada, sobretudo, pelo triste fenômeno
do narcotráfico, da luta entre "cartéis da droga". Tudo isso certamente influenciou
a percepção de muitas pessoas. Creio que todos estamos esperando a viagem do Papa
e o encontro com Bento XVI com muita esperança. É uma viagem mais breve do que as
de João Paulo II, mas o que se nota entre as pessoas é a esperança em receber uma
palavra de fé para enfrentar esse momento difícil."
Um dos aspectos positivos
da sociedade mexicana é, certamente, uma forte esperança que tem suas raízes numa
profunda fé cristã. À luz dessa fé, o que os mexicanos esperam do encontro com Bento
XVI?
Dom Cristophe Pierre:- "Creio que você tem razão. O povo mexicano,
apesar de todos os seus problemas e os seus sofrimentos, conserva uma fé profunda
que se manifesta mediante uma verdadeira e forte religiosidade, uma religiosidade
que lhe dá grande esperança. O povo pobre tem uma profunda esperança e uma profunda
fé em Cristo, em Maria, na Virgem de Guadalupe – que está no centro da devoção de
todos –, porque a vêem como a Mãe, porque precisam de sua proteção. Penso que a chegada
do Santo Padre se coloca nessa direção: as pessoas reconhecem no Papa o Sucessor de
Pedro, o chefe visível da Igreja Católica. As pessoas se sentem parte dessa Igreja
e, certamente, acolherão o Papa como aquele que as ajuda a esperar, a ver o futuro
com otimismo." (RL)