2012-03-09 18:13:38

Santa Sé na Onu: a preocupação pela violência contra as crinaças no mundo


Genebra (RV) – O Observador Permanente da Santa Sé junto às Nações Unidas em Genebra, Dom Silvano Maria Tomasi, participou, nesta quinta e sexta-feiras, da 19ª Sessão do Conselho dos Direitos Humanos da Organização. Na quinta, falou sobre a violência contra as crianças no mundo, na sexta, sobre a violência e a discriminação de gênero.

Em nome da delegação da Santa Sé, Dom Silvano manifestou preocupação pela situação de milhares de crianças no mundo cujos bem-estar físico, psicológico e espiritual são seriamente ameaçados pela violência à qual estão sujeitas. Reforçou, portanto, o convite do Secretário Geral da ONU, Ban Ki-Moon, encorajando a ratificação do Protocolo Opcional à Convenção de Direitos Humanos da Criança.

O prelado repropôs as palavras do representante da Onu: “a infância é um tempo de inocência e aprendizagem, um tempo para construir o caráter e encontrar a estrada segura para a vida adulta. Mas a triste verdade é que crianças demais sofrem, no mundo de hoje, com abusos”.

Trouxe então os dados de que 300 mil crianças atualmente estão envolvidas em mais de 30 conflitos ao redor do mundo, sendo usadas como combatentes, mensageiros, traficantes, objetos de abusos sexuais. A maioria dessas crianças é recrutada de modo brutal. Dos 215 milhões de crianças que trabalham, 115 mil são usadas em trabalhos perigosos.

Dom Silvano ressaltou que a violência sexual contra as crianças é particularmente grave e requer especial atenção, não somente de governos e forças oficiais, mas também de cada componente da sociedade. “Cada membro da família humana deve dividir a responsabilidade para proteger as crianças, garantindo-lhes o direito a dignidade”, disse o representante Vaticano. A esse respeito, reforçou ainda que a Santa Sé está tomando as providências contra os abusos dentro da Instituição católica.

No seu discurso desta sexta-feira, sobre a questão de discriminação e violência de gênero, insistiu sobre o fato de que os princípios proclamados na Declaração Universal dos Direitos do Homem já abrangem tais questões e garantem que não deve existir tal discriminação. Segundo ele, propor direitos especiais para as minorias dessa categoria enfraquecem o princípio da universalidade do que está escrito nesse código. “Este é o ponto crucial a ser levado em consideração”, disse ele, com afirmações que dão margem para um grande debate polêmico. (ED)








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