2012-03-07 18:02:46

Cipsi celebra 8 de março com homenagem à mulher africana


Roma (RV) – Há cinco meses, o prêmio Nobel da Paz foi entregue a três mulheres: duas africanas e uma do Oriente Médio. E o dia oito de março desse ano, foi dedicado, pelas Nações Unidas, ao empoderamento das mulheres rurais, que lutam diariamente contra a fome e a pobreza em todos os cantos do planeta.

A Associação italiana Solidariedade e Cooperação, a Cipsi, por sua vez, faz uma homenagem, nesse dia, às mulheres africanas. O Presidente de coordenação da Instituição, Guido Barbera, afirmou que “as mulheres africanas assumiram a responsabilidade de quem pretende ser parte ativa na solução dos problemas”. “Dedicamos a elas esse 8 de março”, disse ele, sublinhando que as mulheres, na África, representam 70% da força agrícola do Continente, responsáveis por 80% da produção alimentar e 90% da venda desta.

As mulheres africanas provêm ainda por 90% da produção de milho, arroz e trigo – são elas que irrigam, aplicam os fertilizantes e os pesticidas, aram e colhem.

Barbera relembra as mulheres da Libéria que estão substituindo as despesas militares com despesas para a educação; as mulheres rurais da África que cuidam da sobrevivência diária recolhendo água em uma viagem de ida e volta à fonte, que dura uma hora e meia.

“A economia de subsistência do Continente depende, em grande parte, do empenho cotidiano das mulheres – reforçou -, que o fazem mesmo diante de todas as dificuldades e obstáculos, diante do acesso limitado aos recursos de produção – como o crédito ou a propriedade de terras”. “Carregam nas costas o Continente, seguindo o grande exemplo deixado pela primeira Nobel da Paz africana, Wangari Maathai, bióloga ambientalista africana”, completou.

Para o coordenador da instituição “ChiAma l’Africa” e promotor junto com a Cipsi da campanha que pediu o Nobel da paz para todas as africanas, Eugenio Melandri, “não é possível alcançar a democracia e uma forma de paz duradoura no mundo se as mulheres não podem obter as mesas oportunidades que os homens para influenciarem no desenvolvimento da sociedade em todos os seus níveis, é fundamental escutar as suas vozes”.

“Em um dia historicamente dedicado às mulheres – disse ele -, gostaríamos que fossem contadas, pela grande mídia, as histórias das mulheres africanas comuns que, como milhões de forminguinhas, com pés descalços e mãos nuas, combatem, todos os dias, as suas lutas pela vida e pelo futuro.”

Quem quiser se interar mais sobre o assunto, pode consultar o site www.walkingafrica.info. (ED)








All the contents on this site are copyrighted ©.