2012-03-02 10:39:09

Cuba: peregrinos lotam aviões para ver o Papa


Havana (RV) - Cuba vai receber pelo menos três aviões com peregrinos provenientes dos Estados Unidos para a visita de Bento XVI de 26 a 28 de março. A informação foi confirmada quinta-feira por um porta-voz da Igreja Católica na ilha.

Segundo o secretário-adjunto da Conferência de Bispos Católicos de Cuba (COCC), Dom José Félix Pérez, até o momento três aviões com capacidade para 250 pessoas estão programados para partir de Miami e Nova York.

Em fevereiro, a Arquidiocese de Miami informou ter recebido mil solicitações de viagens para Cuba e ressaltou que à nação caribenha irão peregrinos de países como México, Espanha e Panamá, e que existem também solicitações de aviões para transportar bispos e personalidades diversas da América Latina.

Em particular, Dom José Félix Pérez mencionou a viagem de cardeais do México, República Dominicana, Espanha e Estados Unidos. As declarações foram concedidas durante apresentação em Havana da carta escrita pelos bispos para convidar os cubanos a receberem o Papa e participarem das duas missas que Bento XVI celebrará em Santiago de Cuba e na capital, em 26 e 28 de março, respectivamente.

O secretário e porta-voz da COCC destacou o caráter religioso da visita do Pontífice, embora tenha reconhecido que o conteúdo político da viagem não será excluído, como ocorreu quando João Paulo II visitou a ilha, em 1998.

O bispo explicou que Bento XVI falará em Cuba sobre o amor cristão, a reconciliação e a união entre os cubanos. Segundo o secretário, o Papa não terá reuniões com grupos específicos; um encontro com o ex-Presidente Fidel Castro não está na agenda, mas a possibilidade “não está descartada”.

“O Papa Bento XVI levará a Cuba uma mensagem de unidade e de amor entre os cubanos. À medida que recordar as possibilidades do amor cristão entre nós, estará produzindo um efeito muito positivo para que a sociedade cubana transite por caminhos mais serenos, mais tranqüilos” – esclareceu. Segundo ele, a mensagem permitirá que “os cubanos possam viver com uma esperança certa e um futuro melhor”.
(CM)








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