Quaresma, tempo propicio para reforçar a nossa relação com Deus. Papa pede orações
para semana de retiro com os seus colaboradores
(26/2/2012) A tentação de remover Deus, de sozinhos meter ordem em nós mesmos e no
mundo, contando apenas com as própria forças, está sempre presente na historia do
homem. Afirmou o Papa antes da recitação do Angelus deste domingo comentando o trecho
evangélico de Jesus tentado por Satanás no deserto. Um lugar, o deserto, - disse
Bento XVI aos milhares de pessoas congregadas na Praça de S. Pedro que pode indicar
o estado de abandono e de solidão, o lugar da fraqueza do homem onde não existem apoios
e seguranças, onde a tentação se faz mais forte. Mas o deserto – acrescentou o
Papa – pode indicar também um lugar de refugio e de abrigo, como o foi para o povo
de Israel que fugira da escravidão do Egipto, onde se pode experimentar de maneira
particular a presença de Deus. O episodio Evangélico, para Bento XVI ensina que
o homem nunca está completamente isento da tentação até que vive, mas é com a paciência
e com a verdadeira humildade que nos tornaremos mais fortes do que qualquer inimigo. “A
paciência e a humildade de seguir dia após dia o Senhor, aprendendo a construir a
nossa vida não fora dele ou como se Ele não existisse, mas nele e com Ele, porque
é a fonte da verdadeira vida. Com o convite a ter fé em Deus e a converter cada
dia a nossa vida á sua vontade, orientando para o bem todas as nossas acções e pensamentos,
Bento XVI sublinhou depois que o tempo da Quaresma é o momento propicio para renovar
e tornar mais sólida a nossa relação com Deus, através da oração diária, dos gestos
de penitencia, das obras de caridade fraterna. A concluir o Papa pediu a Maria
Santíssima que acompanhe o nosso caminho quaresmal com a sua protecção e nos ajude
a imprimir no nosso coração e na nossa vida as palavras de Jesus Cristo para nos
converter a Ele. E confiou á oração de todos a semana de Exercícios espirituais que
esta tarde vai iniciar com os seus colaboradores da Cúria Romana O pregador dos
exercícios espirituais da Quaresma em que o Papa e a Cúria Romana vão participar é
o cardeal africano D. Laurent Monsengwo Pasinya, de 72 anos. O arcebispo de Kinshasa,
capital da República Democrática do Congo, foi escolhido devido ao seu compromisso
com a paz no país e por ter sido uma voz importante na defesa dos direitos humanos. "A
comunhão do cristão com Deus" vai ser o tema das pregações deste especialista na
Bíblia que em 2008 foi secretário especial do Sínodo dos bispos sobre a Palavra de
Deus, e que em novembro de 2010 foi criado cardeal por Bento XVI. Durante o período
dos exercícios espirituais da Quaresma, de 26 de fevereiro a 3 de março, estão suspensas
todas as atividades do Papa, incluindo a audiência geral de quarta-feira, dia 29.