2012-02-25 13:53:43

Tem início a reunião dos Ministros das Finanças do G20, no México


Cidade do México (RV) - O Brasil vai pedir que o comunicado final da reunião dos ministros das Finanças do G20, que começa nesse sábado no México, aborde as melhorias no sistema de financiamento do Fundo Monetário Internacional. Mas os países do grupo não acreditam que uma reforma será anunciada antes da estabilização da zona do euro.

Um dos assuntos mais esperados durante a reunião dos ministros das Finanças do G20 é a reforma dos mecanismos de financiamento do FMI visando aumentar o poder de ação da instituição. O Brasil deseja, inclusive, que o tema faça parte do comunicado final da reunião, que acontece nesse sábado e domingo no México. “Nós não esperamos um acordo de financiamento do fundo desta vez, mas queremos ver no texto uma linguagem precisa sobre os mecanismos que poderiam ser utilizados para aumentar os recursos do FMI”, declarou um responsável do governo brasileiro que não quis se identificar. A mesma fonte também disse que Brasília seria favorável aos empréstimos bilaterais.

O FMI quer aumentar em 500 bilhões de dólares suas reservas disponíveis para empréstimos. Esse dinheiro poderia ajudar, entre outros, alguns países da zona do euro a sair da crise financeira. Na quinta-feira o porta-voz do fundo, Gerry Rice, disse que a instituição espera que o assunto “faça parte da ordem do dia do G20”.

Mas segundo as delegações do G20, o aumento dos recursos do FMI ainda terá que esperar que a zona do euro recupere sua estabilidade financeira. Estados Unidos, Brasil, Canadá e Japão consideram que a União Europeia deve antes de mais nada reforçar suas próprias barreiras de proteção econômica, representada pelo Mecanismo Europeu de Estabilidade (MES). O dispositivo deve ser discutido durante uma reunião de cúpula em Bruxelas no dia 2 de março.

Os países do G20 querem a garantia de que a Europa pode financiar boa parte de sua saída da crise. “O FMI pode vir em seguida, como uma segunda linha de defesa, mas o mais importante é o engajamento da própria zona do euro”, declarou a sub-secretária do Tesouro norte-americano, Lael Brainard. Mesmo tom do lado do Tóquio e Londres, que querem que “a zona do euro aumente os recursos de sua barreira de proteção para que os mercados sejam acalmados”, como declararam, em uma tribuna comum no jornal Financial Times, os ministros das Finanças do Reino Unido e do Japão, George Osborne e Jun Azumi. (RFI/ED)








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