Sobre o problema da infertilidade o Papa pede respostas moralmente validas: não ceder
ao fascínio da tecnologia, e á lógica do lucro
(25/2/2012) As legitimas aspirações a procriar do casal que se encontra numa condição
de infertilidade devem encontrar com a ajuda da ciência, uma resposta que respeite
plenamente a sua dignidade de pessoas e de esposos. Afirmou Bento XVI recebendo os
participantes no encontro cientifico sobre a infertilidade promovido pela Academia
pontifícia para a Vida. O Papa encorajou a escolha de tomar em consideração atentamente
a dimensão moral, procurando as vias para uma correcta avaliação diagnostica e uma
terapia que corrija as causas da infertilidade. Segundo o Papa esta atitude parte
do desejo não só de dar um filho ao casal, mas de restituir aos esposos a sua fertilidade
e a inteira dignidade de serem responsáveis das próprias decisões de procriação. A
procura de uma diagnose e de uma terapia – disse o Papa – representa a atitude cientificamente
mais correcta á questão da infertilidade, mas também aquela mais respeitosa da humanidade
integral dos sujeitos envolvidos. A humildade e a precisão com a qual aprofundais
estes problemas, considerados por alguns dos vossos colegas obsoletos perante o fascínio
da tecnologia da fecundação artificial, merece o encorajamento e o apoio – acrescentou
Bento XVI – segundo o qual efectivamente o cientismo e a lógica do lucro parecem hoje
dominar o campo da infertilidade e da procriação humana chegando a limitar também
muitas outras áreas de pesquisa “Desejo encorajar todos aqueles que estais aqui
reunidos para estes dias de estudo e que ás vezes trabalhais num contexto médico
- cientifico onde a dimensão da verdade resulta ofuscada: continuai no caminho empreendido
de uma ciência intelectualmente honesta e fascinada pela procura continua do bem
do homem, disse o Papa, acrescentando: No vosso percurso intelectual não desdenheis
o diálogo com a fé.”