Aleppo (RV) - “Os cristãos são a minoria mais ameaçada pela guerra civil síria
e tentam fugir do país. Ele se sentem indefesos diante da onda de violência que há
meses atinge a nação. Rezem pela paz e pela reconciliação do povo sírio”: foi o que
disse à agência AsiaNews, o Arcebispo caldeu de Aleppo, Dom Antoine Audo. “Nós cristãos
– sublinha o prelado – somos os mais fracos do ponto de vista psicológico e de autodefesa.
Para muitos a única salvação é a fuga, como está ocorrendo em outros países do Oriente
Médio, sobretudo no Iraque. Tudo isso é uma grande perda para a Igreja e para a presença
dos cristãos na Síria”.
Retomando o convite ao diálogo lançado pelo Papa no
Angelus de 12 de fevereiro último, Dom Audo explica que apesar do medo os cristãos
podem ser uma ponte entre as várias facções em luta. “A nossa presença unida ao redor
da Igreja – afirma – ajuda a população cristã e muçulmana a trabalhar pelo bem do
país, impulsionando à reconciliação e não à vingança.
O prelado cita o trabalho
da Caritas Síria que nestes dias lançou em Homs, uma das cidades mais atingidas pelas
violências, um programa de ajuda para 500 famílias, 400 cristãs e 100 muçulmanas.
Num período de seis meses cada núcleo familiar receberá alimentos e bens de primeira
necessidade num valor de 600 dólares. A Caritas atua também na ajuda aos anciãos e
enfermos, graças aos voluntários que em Aleppo envolvem toda a comunidade cristã.
(SP)