2012-02-24 12:03:04

Somália: Igreja afirma que não se pode resolver crise somente com as armas


Londres (RV) – Realizou-se nesta quinta-feira, em Londres, a Conferência sobre a Somália, com a participação de mais de 50 Estados e organizações, como a ONU, a União Africana e a União Europeia.

A comunidade internacional alcançou um acordo sobre sete áreas, entre elas, segurança, pirataria, terrorismo, ajuda internacional e processo democrático. Em troca, a Somália deverá definir até julho uma assembleia constituinte, capaz de combater a pobreza, em que as mulheres sejam protagonistas.

Sobre esta Conferência, a Agência Fides contatou o Administrador Apostólico de Mogadíscio, Dom Giorgio Bertin, que é também Bispo de Djibuti: "Espero pelo menos que no âmbito da comunidade internacional existam convergências de ideais e de esforços para colaborar com o povo somali e com os seus representantes", afirmou Dom Bertin, que faz votos de que a opção militar não seja a escolha prioritária, "pois não se pode pensar em resolver a penúria unicamente com as armas".

"Nesses últimos meses, insisti sobre o fato de que não se deve abandonar a Somália nas mãos somente das organizações humanitárias, mesmo que sejam animadas pelos fins mais nobres; do contrário, se perpetua a situação de dependência. Ao invés, é preciso deixar um grande espaço a diplomatas e políticos para que desempenhem seu papel. Não gostaria que o aspecto militar se tornasse prioritário em relação aos outros. A meu ver, privilegiando a intenção militar não se resolverá muita coisa", afirmou.

Na quarta-feira, o Conselho de Segurança da ONU aprovou o aumento dos efetivos da AMISOM (a força militar da União Africana) de 12.000 a 17.731 homens, enquanto as tropas etíopes (que apoiam o governo somali de transição) anunciaram a conquista da cidade de Baidoa, que estava nas mãos dos Shabab.

(BF)







All the contents on this site are copyrighted ©.