2012-02-17 15:31:44

ONU condena a repressão na Síria mas a violência não para


(17/2/2012) A Assembleia Geral da ONU voltou esta quinta-feira a condenar o regime de Bashar Al-Assad pela violência contra opositores sírios, aprovando por larga maioria uma resolução que prevê ainda a nomeação de um enviado especial para a Síria.
Apresentada pelo Egipto, em nome do grupo árabe nas Nações Unidas, e co-patrocinada por mais de 70 países, a resolução teve 137 votos favoráveis, 12 votos contra e 17 abstenções.
A votação teve lugar quase duas semanas depois do segundo veto russo e chinês, no Conselho de Segurança, a uma resolução em moldes semelhantes, o que obrigou os países árabes e ocidentais a virarem-se para a Assembleia Geral, cujas resoluções não são vinculativas, mas servem de instrumento de pressão política.
Os votos de pelo menos três países não foram reflectidos na votação final, devido a problemas técnicos na Assembleia-geral.
Contra a resolução votaram, além da própria Síria, China e Rússia, ambos membros permanentes do Conselho de Segurança, o Irão, Venezuela, Coreia do Norte, Nicarágua, Bolívia, Equador, Bielorrússia, Zimbabué e Cuba.
A proposta de resolução exige o fim da violência pelo governo sírio, a libertação de todos os detidos durante os protestos, a retirada de todas as forças armadas das cidades e vilas, a autorização de realização de manifestações pacíficas e autorização para o acesso incondicional dos monitores da Liga Árabe e da imprensa internacional.
Apela ainda às autoridades sírias que facilitem a assistência humanitária internacional e pede ao secretário-geral e a demais organismos da ONU que apoiem os esforços da Liga Árabe, incluindo com a nomeação de um enviado especial.
A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Navi Pillay, apelou na segunda-feira na Assembleia Geral a uma tomada de posição da comunidade internacional, face à continuação da violência, que Estados Unidos e Reino Unido dizem ter feito mais de seis mil mortos.








All the contents on this site are copyrighted ©.