2012-02-15 14:00:19

Empenho universal a favor da liberdade religiosa como direito humano fundamental e à sua aplicação prática e a “necessidade de promover um desenvolvimento integral global e sustentável


(15/2/2012) Um empenho comum a favor da liberdade religiosa e de um desenvolvimento global sustentável foi sublinhado nos encontros tidos no Vaticano, nestes dias 14 e 15, entre a Santa Sé e uma delegação do governo do Reino Unido, vinda a Roma por ocasião dos 30 anos do estabelecimento de relações diplomáticas. Esta visita teve lugar na sequência da viagem do Papa Bento XVI ao Reino Unido, em Setembro de 2010. A delegação teve um encontro com o Secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarcisio Bertone, e foi também recebida pelo Santo Padre, no final da audiência geral desta quarta-feira.
Um comunicado entretanto divulgado informa que as duas partes concordaram sobre a “necessidade urgente de uma ação visando reforçar o empenho universal a favor da liberdade religiosa como direito humano fundamental e à sua aplicação prática, a fim de promover o respeito de todas as religiões em todos os países”.
Reafirmada também a “necessidade de promover um desenvolvimento integral global e sustentável, baseado na centralidade da pessoa humana no princípio do valor próprio de cada um. “Empenhar-nos-emos a favor de um futuro melhor para toda a humanidade, tendo especialmente em conta o cuidado das pessoas mais pobres do mundo” – lê-se no comunicado comum.
Relativamente às iniciativas das Nações Unidos sobre as mudanças climáticas, as duas partes “partilham a convicção de que, para alcançar um desenvolvimento global sustentável, centrado sobre o homem, é preciso continuar a reforças a integração dos seus pilares económicos, sociais e ambientais, que são interdependentes e se reforçam mutuamente, assim como o elo que une a luta à pobreza e a gestão das alterações climáticas”. A Santa Sé e o governo britânico partilham também o empenho, a exercer no âmbito da ONU e das outras sedes internacionais, relativamente à prevenção dos conflitos, ao desarmamento, ao controle dos armamentos e à sua não proliferação, a fim de proteger a vida humana e de construir um mundo mais respeitoso da dignidade humana”.
No que diz respeito às mudanças ocorridas no Norte de África e no Médio Oriente, a Santa Sé e o governo de Londres sublinham a “importância de promover verdadeiras reformas no âmbito político, económico e social, para garantir melhor a unidade e o desenvolvimento de cada nação, acolhendo as legítimas aspirações de muitas pessoas á paz e à estabilidade”. Nesse sentido, foi evocado o papel que os cristãos podem desenvolver, assim como a importância do diálogo inter-religioso.
A Santa Sé e o Governo britânico “exprimiram a esperança de que se retomem as negociações, em boa fé, entre Israelitas e Palestinianos, para alcançar uma paz duradoura. Renovaram também o seu apelo para que se ponha imediatamente termo à violência na Síria”, sublinhando “a necessidade de cooperação para superar a atual crise e trabalhar a favor de uma convivência harmoniosa”.
Em vista da próxima Conferência de Londres sobre a Somália, a Santa Sé e o governo britânico encorajam a comunidade internacional a manter uma estratégia coerente neste país, a fim de pôr termo à crise, indicando como prioridade a proteção e o bem-estar da população do Corno de África.
As autoridades de Londres acolheram com apreço o apoio de Sua Santidade Bento XVI a favor do processo de reconciliação em curso na Irlanda do Norte. Teve lugar uma ampla troca de opiniões sobre muitas questões sociais, económicas, políticas e culturais, nomeadamente no que diz respeito à colaboração do Reino Unido com os Museus do Vaticano. “Ambas as partes reconheceram o lugar da fé e da educação para o desenvolvimento de uma cultura da responsabilidade social e o reforço de uma sociedade sã. Neste contexto, foi expresso apreço pelo importante contributo que a Igreja Católica, e os cristãos em geral, vêm fornecendo para o bem da sociedade britânica. A Santa Sé sublinhou a necessidade de garantir que as instituições ligadas à Igreja Católica possam agir em conformidade com os próprios princípios e convicções, reafirmando a necessidade de tutelar a família fundada no matrimónio, a liberdade religiosa e a liberdade de consciência.








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