Mensagem do Papa para o Dia Mundial de Oração pelas Vocações convida a descobrir «beleza»
do sacerdócio e da vida consagrada
(13/2/2012) Bento XVI recomenda á Igreja inteira, em particular aos bispos e aos padres,
mas também aos catequistas e a quem quer que se ocupe de educação dos jovens que
preste uma atenção particular aos sinais do nascimento de vocações ao sacerdócio e
á vida religiosa. É importante – explica – que se criem, na Igreja, as condições
favoráveis para poderem desabrochar muitos «sins», respostas generosas ao amoroso
chamamento de Deus. Na sua mensagem intitulada as vocações, dom do amor de Deus Bento
XVI manifesta o desejo de que as Igrejas locais, nas suas várias componentes, se
tornem «lugar» de vigilante discernimento e de verificação vocacional profunda, oferecendo
aos jovens e às jovens um acompanhamento espiritual sábio e vigoroso. Deste modo,
a própria comunidade cristã torna-se manifestação do amor de Deus, que guarda em si
mesma cada vocação. Segundo Bento XVI, é tarefa da pastoral vocacional “oferecer
os pontos de orientação para um percurso frutuoso” de cada crente, ajudando a redescobrir
“a beleza e a importância do sacerdócio e da vida consagrada”. “Por isso é preciso
anunciar de novo, especialmente às novas gerações, a beleza persuasiva deste amor
divino, que precede e acompanha: este amor é a mola secreta, a causa que não falha,
mesmo nas circunstâncias mais difíceis”, assinala. A mensagem papal destaca também
a importância do “amor ao próximo, sobretudo às pessoas mais necessitadas e atribuladas”
como “o impulso decisivo que faz do sacerdote e da pessoa consagrada um gerador de
comunhão entre as pessoas e um semeador de esperança”. “A relação dos consagrados,
especialmente do sacerdote, com a comunidade cristã é vital e torna-se parte fundamental
também do seu horizonte afetivo”, prossegue. O Papa fala numa “verdade profunda”
da existência humana, sublinhando que todas as pessoas são “fruto de um pensamento
e de um ato de amor de Deus, amor imenso, fiel e eterno”. “O amor a Deus, do qual
os presbíteros e os religiosos se tornam imagens visíveis – embora sempre imperfeitas
–, é a causa da resposta à vocação de especial consagração ao Senhor através da ordenação
presbiteral ou da profissão dos conselhos evangélicos [castidade, pobreza e obediência]”,
refere ainda. Nesta sua mensagem Bento XVI sintetiza os fundamentos teológicos
da vocação ao sacerdócio e á vida religiosa: na abertura ao amor de Deus e como fruto
deste amor, nascem e crescem todas as vocações. Cada vocação específica nasce
da iniciativa de Deus, é dom do amor de Deus! É Ele que realiza o «primeiro passo»,
e não o faz por uma particular bondade que teria vislumbrado em nós, mas em virtude
da presença do seu próprio amor «derramado nos nossos corações pelo Espírito Santo» Na
parte final da mensagem, Bento XVI pede aos bispos, padres, diáconos, consagrados
e consagradas, catequistas, agentes pastorais e todos os que estão “empenhados no
campo da educação das novas gerações” que promovam “uma escuta atenta de quantos,
no âmbito das comunidades paroquiais, associações e movimentos, sentem manifestar-se
os sinais duma vocação para o sacerdócio ou para uma especial consagração”.