2012-02-11 12:20:14

Unção dos enfermos, "medicamento de Deus"


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Cidade do Vaticano (RV) - No dia em que a Igreja celebra a memória de Nossa Senhora de Lurdes, celebra-se no mundo o Dia Mundial do Doente, criado pelo Papa João Paulo II, diante da necessidade de assegurar a melhor assistência possível aos doentes.

Nesta reportagem dedicada ao Dia 11 de fevereiro, entrevistamos o Pe. Delci Conceição, nascido em Londrina (PR), sacerdote da Pequena Missão para Surdos. Ele comenta a mensagem de Bento XVI para a recorrência, “Levanta-te e vai, a tua fé te salvou!” (Lc 17, 19):

“Vendo um pouco a mensagem do Papa, senti um desejo dele de estar muito próximo das pessoas que sofrem. Quando ele fala que “no encontro com Deus se pode experimentar realmente que nunca se está sozinho”. Isso é importante porque muitas vezes as pessoas com alguma enfermidade se sentem sozinhas, abandonadas, e o Papa vem e diz: “Não, vocês não estão sozinhos”. Deus é sensível a esta realidade, não abandona nossas angústias, não nos deixa aos nossos sofrimentos, mas está ali bem perto de nós, ajudando-nos a suportar; Ele deseja curar. Esta é a realidade que achei importante da Mensagem, este Deus próximo, que vem quando é invocado no sofrimento, na enfermidade. O seu amor nunca abandona a pessoa que o invoca. Isso é importante, vejo que a palavra do Papa neste sentido demonstra também o amor da Igreja, que prolonga no tempo a obra salvífica; é trazida por Jesus Cristo. Veja, esta Mensagem vem a ser um estímulo, uma injeção de ânimo para que as pessoas creiam neste Deus que é próximo, que é solidário, que vem para curar, para salvar. É nesta dimensão que acredito que o Papa a escreveu, e seu coração certamente tinha todas estas intenções e trazia em si o sofrimento de toda a humanidade”.

O Papa afirma ainda que “o Sacramento da Penitência e da Reconciliação, e o Sacramento da Unção dos Enfermos, encontram o seu cumprimento natural na Comunhão Eucarística”.

“Em relação ao Sacramento da Unção dos Enfermos, o Papa fala de uma coisa importantíssima: ele o vê como medicamento de Deus. Achei muito interessante propor esta forma de falar da Unção dos Enfermos, como um Sacramento de cura, de libertação, mas ao mesmo tempo, como um medicamento de Deus. Significa que a pessoa que recebe esta Unção está sendo ungida com toda a graça salvífica de Deus. Deus vem para intervir, para salvar, Deus vem para curar e libertar esta pessoa. O que significa isso? Que esta pessoa não está sozinha. Deus é ali e vem para curar. Então, este medicamento de Deus mexeu muito comigo; a forma como o Papa trabalhou, escreveu e pensou nesta realidade dos enfermos. Vejo isso como uma questão muito carinhosa da parte dele e ao mesmo tempo muito determinada ao dizer o Sacramento da Unção dos Enfermos é um medicamento de Deus para a sua enfermidade. Veja que maravilhoso isso. E aí vem toda a dimensão do Cristo Jesus com sua graça salvífica, por suas chagas nós fomos curados. Então, o medicamento de Deus está aí à disposição: Deus, em sua determinação, vem para salvar aqueles que o invocam, aqueles que crêem, e esta graça é distribuída pela Igreja a todos os que necessitam dela. A solidariedade do Papa Bento XVI para com estas pessoas é demonstrada também nesta sua forma de colocar o sacramento da Unção dos Enfermos”.

“Deus vem com sua graça para revigorar e consolar. Isto tudo é muito importante. Que nós possamos abrir nossos corações às pessoas que estão enfermas, mas não só enfermas no corpo, mas também no espírito. Todos nós temos nossas dificuldades, nossas enfermidades. O Senhor está aí, disponível para nos curar, para nos salvar. Abramos o nosso coração, assim como o Papa também indicou. Deus quer curar profundamente nosso coração. Creio que este seja um tempo de graça para todos nós: sabendo que o amor de Deus não nos abandona, e Ele quer que nós, seus Filhos, estejamos com Ele como homens curados, revigorados e consolados pela sua graça”.
(CM)







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