Patrimônio Mundial e Desenvolvimento Sustentável em debate
Ouro Preto (RV) – Termina hoje, na cidade de Ouro Preto, em Minas Gerais, o
“Encontro de Especialistas em Patrimônio Mundial e Desenvolvimento Sustentável”. Foram
três dias em que 40 participantes de diferentes países e instituições debateram sobre
a incorporação dos princípios do desenvolvimento sustentável à preservação e salvaguarda
do patrimônio cultural e vice-versa.
Organizado pelo Instituto do Patrimônio
Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em conjunto com a Organização das Nações Unidas
para a Educação, a Ciência e a Cultura, Unesco. O Encontro tratou da incorporação
de princípios do desenvolvimento sustentável na gestão do patrimônio cultural, sendo
também um passo preparatório para a Conferência das Nações Unidas Rio+20, a ser realizada
em junho no Rio de Janeiro.
De acordo com o presidente do Iphan, Luiz Fernando
de Almeida, a missão de preservar a memória para assegurar às gerações futuras o conhecimento
de sua história é inerente ao trabalho do Instituto. Portanto, segundo ele, não pode
existir preservação patrimonial sustentável sem integração com as demais políticas
públicas, como as de combate à pobreza, ao desemprego, à promoção da saúde e à conservação
da natureza.
“Este Encontro e a Rio+20 significam a reiteração e a ampliação
do compromisso do Iphan com o futuro, à medida que se consolidam nas ações da instituição,
os princípios do desenvolvimento sustentável para ampliar a preservação do patrimônio
cultural em suas dimensões material e imaterial. O patrimônio cultural brasileiro
deve cada vez mais, se constituir em um agente do desenvolvimento sustentável” afirmou
o presidente.
O mapa mundi de distribuição dos bens Patrimônio Mundial,
936 bens em 153 países, evidencia a relação do desenvolvimento econômico e social,
com preservação do Patrimônio Cultural ao exibir a concentração de bens na Europa.
Em oposição está á lista de bens em situação de perigo, concentrados em sua maioria,
na África. “Logo, nosso compromisso passa a ser não apenas o da preservação e salvaguarda,
mas o da elevação dos padrões educacionais, da renda e do emprego, enfim, dos indicadores
socioeconômicos em níveis recomendados pela Organização das Nações Unidas (ONU) e
suas agências”, complementou Luiz Fernando. (UNESCO/ED)