Campala (RV) – Desde o dia 4 está em andamento na capital de Uganda a segunda
reunião de religiosos e religiosas da África e do Madagascar, sob a égide da Confederação
dos Superiores Maiores (COSMAM/COMSAM). Cinquenta e sete delegados, das 22 Conferências
nacionais de religiosos e religiosas, analisam mecanismos, estilos e métodos para
promover a compreensão e a comunicação entre o clero diante dos desafios das Igrejas
e povos do continente.
O encontro tem o tema “Testemunhas da verdade a serviço
da comunhão e da reconciliação na África”, e os debates são inspirados na Exortação
pós-sinodal “Africae Múnus”, entregue às Igrejas africanas em novembro passado.
Estão
participando representantes de 41 nações africanas, e na abertura, o Prefeito da Congregação
para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, Cardeal
eleito e arcebispo João Braz de Aviz presidiu uma Eucaristia no Santuário dos Mártires
de Uganda.
Em sua homilia, Dom João lembrou o testemunho dos Mártires ugandenses,
beatificados em 1920 pelo Papa Bento XV e canonizados por Paulo VI em 1964, “exemplos
de vida de fé no espírito do amor e da comunidade”.
Dom João também sublinhou
a importância da comunhão e do diálogo entre o clero, com os bispos e superiores,
com outras religiões e com a cultura, citando o modelo da Santíssima Trindade, “diálogo
e comunhão perfeita”.
Por sua vez, o arcebispo emérito de Campala, Cardeal
Emmanuel Wamala, 85 anos, em missa na Catedral do Sagrado Coração, falou da felicidade
da Igreja ugandense pelo encontro e pelo destaque dos religiosos e religiosas na evangelização
do continente.
A respeito dos problemas ligados à violência em várias partes
do continente, o Cardeal Wamala, citando Bento XVI, disse: “A África é chamada, em
nome de Jesus, a viver a reconciliação entre as pessoas e comunidades e promover a
paz e a justiça na verdade”. (CM)