2012-02-02 13:38:15

Igrejas e paróquias abrem as portas aos refugiados Kachin


Rangun (RV) - Dezenas de milhares de pessoas ainda estão desalojadas por causa do conflito entre o exército birmanês e milícias étnicas rebeldes. Líderes de Mianmar rejeitam um novo cessar-fogo e pedem um diálogo político. Um sacerdote denuncia que há problemas pela carência de alimentos e temores pelas condições higiênicas e de saúde.

Os refugiados Kachin, que há meses abandonaram suas casas devido ao conflito, não querem retornar porque temem uma nova onda de violências.

As negociações de paz não progridem, a tensão não acena a diminuir e o futuro dos desabrigados – hospedados em estruturas cristãs ou casas de amigos e parentes – continua incerto.

Depois de 17 anos de relativa calma, o conflito ficou mais agudo, e isso demonstra – segundo lideranças Kashin – que todas as questões mais importantes, como uma ‘maior autonomia’, ficaram sem solução.

Pe. Luke Kha Li, pároco da Igreja de São Patrício em Manwingyi (no distrito de Bhamo), conta à Ucan que quase 500 pessoas estão refugiadas em sua paróquia e outras 1.200 são mantidas pela Caritas em habitações locais. Desde junho de 2011, quando o confronto recomeçou, cerca de 60 mil pessoas fugiram de suas casas e vivem nesta situação.

Di Di Ah Hlaw, enfermeira Kachin em áreas de guerra, confirmou ao site Irrawaddy que um dos problemas mais graves é o aumento de abortos, pois as gestantes não têm alternativas a não ser fugir de suas casas em busca de locais seguros enquanto seus maridos estão em frentes de combate.
(CM)







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