Igreja na África do Sul denuncia: direito à vida negado a mais um milhão de crianças
Johanesburgo (RV) - "Passaram-se quinze anos desde que o aborto foi legalizado
na África do Sul. Desde então, estima-se que mais de um milhão de crianças tiveram
negado o mais fundamental dos direitos humanos, o direito à vida", afirma num comunicado
da Conferência Episcopal da África do Sul (SACBC), assinado por Dom Buti Tlhagale,
Arcebispo de Johanesburgo e Presidente da SACBC.
"Lembramos esse milhão de
crianças não nascidas. Lamentamos que aos filhos de Deus tenha sido negado o direito
de nascer no mundo criado por Deus. Nós nunca conseguiremos realizar plenamente o
que perdemos", ressalta o comunicado enviado à Agência Fides.
"A posição da
Igreja Católica sobre o aborto é clara e inequívoca. O fato de que a lei diga que
é legal não o torna moralmente correto. Toda criança nascitura foi criado por Deus
que "a teceu no ventre de sua mãe" (cf. Sl 139, 13). Tem o direito à vida, um direito
que deve ser respeitado pela mãe e protegido pelo Estado", destaca o comunicado.
A
Conferência Episcopal pede o Estado respeite o direito de seus funcionários à objeção
de consciência. "Aqueles que acreditam que o aborto seja moralmente errado têm o direito
de recusar a participar dos procedimentos para praticá-lo", lembra a nota.
"Todos
nós, pais, professores, membros da Igreja, devemos entender o que uma garota está
atravessando, quando percebe que está grávida. Ela precisa do nosso amor, do nosso
apoio, de nossa compreensão e, às vezes, do nosso perdão", enfatiza Dom Tlhagale.
"Como Igreja estamos engajados de todas as maneiras para ajudar as mães solteiras
e os casais que tentam a estrada do aborto. Comprometemo-nos a não condenar, como
Jesus se recusou a condenar", conclui o Arcebispo. (BF)