Quênia: Igrejas pedem que tranquilidade aos cidadãos
Nairóbi (RV) – O Conselho Nacional das Igrejas do Quênia (NCCK, que reúne a
maior parte das confissões cristãs não-católicas do país) pediu a todos os quenianos
que acolham pacificamente o pronunciamento da Corte penal internacional (ICC) sobre
as violências pós-eleitorais ocorridas entre fins de 2007 e os primeiros meses de
2008, segundo informa a Agência CISA de Nairóbi. Os juízes da CPI incriminaram formalmente
o Ministro da Economia, Uhuru Kenyatta, e o Conselheiro da Presidência, Francis Muthaura,
além do deputado William Ruto e do jornalista Joshua Arap Sang por homicídio, crimes
contra a humanidade, deportação e perseguição com matriz de filiação política. A incriminação
foi emitida no dia 23 de janeiro pela procuradora Ekaterina Trendafilova, em Haia,
na Holanda.
As violências começaram no dia 27 de dezembro de 2007, depois
da reeleição do Presidente Kibaki, desafiado pelo Primeiro-ministro Odenga. Os confrontos
provocaram 1.200 mortos e deixaram 600 mil pessoas desalojadas. A NCCK afirma: “Esta
incriminação não deve ser considerada de alguma forma como um ato de acusação contra
comunidades ou indivíduos, mas uma medida que visa a busca de justiça para as vítimas
das violências pós-eleitorais”. Os líderes das confissões cristãs do Quênia pedem
“sobriedade e moderação” nas discussões sobre a decisão da CPI e apelam aos quenianos
para rezar pela paz e a reconciliação, principalmente em perspectiva das próximas
eleições”. (SP)