2012-01-27 12:58:59

Atentados na Nigéria: detidas 200 pessoas


Jos (RV) - Na Nigéria, subiu a 200 o número de pessoas detidas após os sangrentos atentados das semanas passadas contra os cristãos, reivindicados pelo movimento islâmico Boko Haram. Segundo os investigadores, trata-se, sobretudo, de “mercenários provenientes do Chade”. Somente na quarta-feira o Presidente Goodluck Jonathan destituiu o chefe da polícia, afirmando que a decisão representa um primeiro passo para reorganizar a Força Armada nigeriana para torná-la mais eficaz e capaz de enfrentar os desafios da segurança interna.

Entretanto, aumenta o número de pessoas em fuga para as regiões mais seguras. Segundo a Associação Ajuda à Igreja que Sofre, seriam mais de 35 mil, sobretudo em Jos e nas regiões meridionais. Entre eles, se encontram muitos católicos.

Esperança não falta ao Bispo de Bauchi, Dom Malachy Goltok, Diocese que se encontra no nordeste do país, onde desde o Natal muitas famílias emigraram em direção ao sul. “Estou certo de que quando a situação se normalizar, todos retornarão”, disse à agência Misna.

“O atentado do dia de Natal contra a igreja da Madalena fez aumentar o medo de violências sectárias. Todavia – acrescentou –, a greve geral contra o aumento da gasolina também criou dificuldades.” A greve, marcada por duas semanas de protestos, provocou a paralisação das atividades econômicas por causa da abolição dos subsídios que por anos mantiveram baixos os preços dos combustíveis, permitindo a milhões de pessoas viajar apesar da falta de trabalho e da pobreza.

Na diocese de Bauchi, os cristãos são cerca 36 mil, uma minoria que se dedica ao comércio. Muitos deles não se encontravam na cidade no domingo à noite, quando a explosão de uma bomba quase demoliu a igreja de Nossa Senhora de Loreto. A explosão não causou vítimas nem feridos; segundo o bispo, se trata de um sinal de Deus a ter esperança em um futuro de paz. “Os cristãos de Bauchi – sublinha Dom Goltok – têm aqui suas casas, as suas lojas e a sua vida: sempre foram parte integrante do tecido social e continuarão a sê-lo, precisamente como os muçulmanos que vivem no sul”. (SP)








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