Conversão de São Paulo, Papa: "A ressurreição de Cristo confirma que a bondade de
Deus vence o mal"
Cidade do Vaticano (RV) – No final da tarde desta quarta-feira, o Papa presidiu
a celebração das Segundas Vésperas da Conversão de São Paulo na Basílica de São Paulo
Fora dos Muros, em Roma. Presentes cardeais, bispos, religiosos e religiosas, além
de expoentes de diversas Igrejas e Comunidades Eclesiais. Embalada por bonitos hinos
e cânticos, o final da tarde deste 25 de janeiro decorreu em um clima de profunda
espiritualidade, na solenidade que encerrou a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.
A unidade dos cristãos, foi, portanto, o tema que inspirou grande parte da
celebração, estando presente nas palavras de saudação dirigidas a Bento XVI pelo Presidente
do Pontifício Conselho para a Unidade dos Cristãos, Cardeal Kurt Koch, e na homilia
do Santo Padre. Em alusão ao tema dessa Semana “Todos seremos transformados pela vitória
de Jesus Cristo, nosso Senhor”, disse o Pontífice: “Por experimentar, nos nossos dias,
a situação dolorosa da divisão, nós cristãos podemos e devemos olhar o futuro com
esperança, enquanto a vitória de Cristo significa a superação de tudo aquilo que nos
distrai de compartilhar a plenitude de vida com Ele e com os outros. A ressurreição
de Jesus Cristo confirma que a bondade de Deus vence o mal, o amor supera a morte.”
Bento
XVI falou também sobre a vida e a transformação de São Paulo: “Em seguida ao evento
extraordinário que aconteceu ao longo da estrada de Damasco, Saulo, que se distinguia
pelo zelo com o qual perseguia a Igreja nascente, foi transformado em um incansável
apóstolo do Evangelho de Jesus Cristo. Na façanha desse extraordinário evangelizador,
aparece claro que tal transformação não é resultado de uma longa reflexão interior,
nem mesmo fruto de um esforço pessoal. Ela é, primeiramente, obra da graça de Deus
que agiu segundo as suas imperscrutáveis vias.”
“A experiência pessoal vivida
por São Paulo – ressaltou o Papa - o permitiu esperar com fundamentada esperança o
cumprimento desse mistério de transformação, que tocará a todos aqueles que acreditaram
em Jesus Cristo e também toda a humanidade e a Criação inteira.”
Bento XVI
relacionou tal espera com a espera pela unidade visível da Igreja, a qual ele afirmou
que “deve ser paciente e confiante”. “Somente em tal disposição – disse o Pontífice
- encontram o seu pleno significado a nossa oração e o nosso empenho cotidianos pela
unidade dos cristãos.” Bento XVI advertiu, contudo, que “a postura de espera paciente
não significa passividade ou resignação, mas resposta pronta e atenta a cada possibilidade
de comunhão e fraternidade que o Senhor nos dá”.
Encerrando sua homilia, o
Papa confiou à intercessão de São Paulo “todos aqueles que, com a sua oração e o seu
empenho, trabalham para a causa da unidade dos cristãos”. “Mesmo se às vezes se pode
ter a impressão que a estrada em direção ao pleno restabelecimento da comunhão seja
ainda muito longa e cheia de obstáculos – concluiu o Santo Padre -, convido todos
a renovarem a própria determinação de prosseguir, com coragem e generosidade, a unidade
que é vontade de Deus, seguindo o exemplo de São Paulo, que, diante das dificuldades
de cada tipo, conservou sempre firme a confiança em Deus, que leva ao cumprimento
de sua obra.” (ED)