Fátima (RV) – O XII Encontro de Formação de Agentes Sociopastorais das Migrações
encerrou-se domingo com a divulgação de um comunicado final.
O documento frisa
que o trabalho da Igreja Católica com os migrantes deve incluir as dimensões da evangelização
e do apoio social. Esta obra é coordenada pela Comissão Episcopal da Pastoral Social
e Mobilidade Humana.
Estima-se que cinco milhões e meio de portugueses vivem
atualmente no exterior. Em 2011, 120 mil cidadãos saíram de Portugal, registrando
um número recorde. A população imigrante está decrescendo devido à situação socioeconômica
do país. Segundo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, 435 mil pessoas imigrantes
vivem em Portugal.
Os participantes do encontro apresentaram várias propostas,
como a constituição de comunidades missionárias ou paroquiais onde se promova a troca
de experiências entre os participantes de diferentes culturas; dar prioridade à cooperação
entre as estruturas da administração pública, da sociedade civil e da Igreja católica
e de outras Igrejas, dentro e fora do país.
Recomendam também denunciar injustiças
como a discriminação nos salários ou no acesso ao mercado de trabalho, integrar nos
serviços sociais das paróquias a questão da mobilidade humana e conscientizar as comunidades
cristãs para os fenômenos migratórios.
Outro ponto destacado foi a importância
de manifestar solidariedade e compreender a opção de muitos cidadãos pela emigração,
reconhecendo ao mesmo tempo as causas que incentivam a sua saída do país e o empobrecimento
que provocam.
Cerca de cem pessoas participaram do XII Encontro de Formação
de Agentes Sociopastorais das Migrações, promovido pela Obra Católica Portuguesa de
Migrações, pela Cáritas Portuguesa e pela Agência Ecclesia.
O fórum se encerrou
com uma celebração eucarística na igreja da Santíssima Trindade, em Fátima, presidida
por Dom António Vitalino Dantas, bispo de Beja. (CM)