‘Evidências de ataque’ encontradas onde criança indígena teria sido ‘queimada viva’
Londres (RV) - As investigações da suspeita de assassinato de uma criança indígena
por madeireiros revelaram perturbadoras ‘evidências de ataque’ dentro da floresta
amazônica.
As descobertas sugerem que madeireiros estavam operando a 400 metros
de um acampamento de índios Awá isolados, onde os restos carbonizados de uma criança
teriam sido achados.
O Conselho Indigenista Missionário, CIMI, a Ordem dos
Advogados do Brasil (OAB) e a Sociedade Maranhense de Direitos Humanos, que em conjunto
realizaram a investigação, também encontraram “todos os indícios de que os Awá estavam
no local da denúncia”.
A equipe descobriu os restos de quatro fogueiras assim
como claras evidências de buscas dos Awá por mel, e suportes de fibra usados por eles
para subirem nas árvores.
Contudo, afirma o CIMI, “tratores de madeireiros
passaram por cima do acampamento Awá, destruindo tudo. Pelas marcas podemos dizer
que era um grande veículo”.
Os Awá isolados vivem na Amazônia brasileira em
um território indígena, porém, madeireiros ilegais estão destruindo sua floresta.
O
CIMI acredita que cerca de quatro famílias viviam no acampamento, a 6 km de membros
da tribo Guajajara, que relataram a descoberta do corpo carbonizado.
Clovis
Guajajara disse à delegação que estava “muito triste por causa da destruição2, e acreditava
que os Awá assustaram-se quando viram os madeireiros.
A Fundação Nacional do
Índio, FUNAI, está conduzindo a sua própria investigação, e afirma que a morte da
criança não foi confirmada.
Os Awá têm sofrido ataques brutais nas mãos dos
madeireiros que ameaçam matá-los.
A Survival International está instigando
o governo brasileiro a expulsar o vasto número de madeireiros ilegais que põem em
risco a existência de uma das últimas tribos nômades de caçadores-coletores do mundo.