2012-01-18 18:32:57

Relatório da Onu aponta para estagnação da economia brasileira


Nova York (RV) - As Nações Unidas divulgaram um relatório, nesta terça-feira, que prevê uma estagnação da economia brasileira. O documento “Perspectivas e Situação da Economia Mundial” fala em um crescimento de 3,6% do PIB da America do Sul em 2012 - a desaceleração econômica na China, Europa e Estados Unidos deverá afetar negativamente a região.

A explicação é de que um menor crescimento nos Estados Unidos e na Europa irá segurar as exportações, as remessas e o turismo – todos importantes para a América Central e Caribe. Já a desaceleração da economia chinesa vai afetar a América do Sul, uma vez que a China é um grande importador das commodities da região e grande investidor na área, além de ser o primeiro parceiro comercial do Brasil.

O relatório ressalta ainda que, em 2011, a maioria dos países da América Latina e Caribe tiveram um forte crescimento graças ao consumo interno, ao aumento salarial e à expansão do crédito, esta última principalmente no Brasil e no México.

A análise aponta ainda para uma desvalorização de 20% do real em relação a 2011. E a sombra da recessão continuará a pairar sobre a economia mundial.

Já no que diz respeito à África, o relatório indicou que o Continente Africano continua no caminho da recuperação econômica, contrariando a tendência global, com um crescimento econômico de 5% previsto para 2012.

A África do Sul é vista como a economia mais forte do continente e a que mais deve crescer em 2012, isso devido a uma procura externa favorável, ao estímulo fiscal e ao aumento do consumo interno consequente ao aumento de salários.

Para as economias africanas produtoras de petróleo, como Angola, Gana ou Nigéria, o potencial econômico vai continuar a crescer, tendo em vista o elevado preço do petróleo no mercado internacional. Especificamento no caso de Angola, o início das operações relacionadas ao gás natural liquefeito vai provocar um salto no crescimento este ano.

Boa notícia também para a África oriental onde, apesar de a seca ter provocado o aumento do custo dos alimentos, prevê-se um ano com colheitas mais regulares e uma consequente baixa da inflação.

O relatório alerta, contudo, para o desemprego, que deverá manter-se como um dos maiores problemas do continente. A África não está imune à crise na Europa e Estados Unidos, que poderá forçar a economia mundial a estagnar, afetando o crescimento de países em desenvolvimento.

O levantamento foi feito pelo Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU, Desa e pela Conferência da ONU sobre Comércio e Desenvolvimento, Unctad. (ONU/ED)








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