Cidade do Vaticano (RV) - Com o Ano da Fé, o Papa Ratzinger não pede à Igreja
“uma mera mudança exterior, mas uma mudança interior e profunda, que comece com a
conversão de cada um (conversio ad Deum) e se traduza na santidade e no testemunho
apostólico”.
É o que escreve o jornal L’Osservatore Romano em um editorial
publicado no primeiro número desta semana.
“Somente em Deus a Criação adquire
consistência e realismo” – recorda o jornal da Santa Sé, para quem a “recuperação
do teocentrismo, também na Igreja, é a nova proposta de Bento XVI”.
Como orientação
aos fiéis, Bento XVI aconselha os documentos do Concílio Vaticano II e o Catecismo
da Igreja Católica, que resumem a essência da fé cristã.
O jornal vaticano
ressalta que o Papa “nos convida a responder a uma verdadeira emergência educativa,
de vida espiritual, moral e litúrgica”. E recorda que desde a sua eleição, Bento XVI
pede que a “Igreja se coloque em caminho para conduzir os homens fora do deserto,
rumo ao local da vida, rumo à amizade com o Filho de Deus, rumo àquele que nos doa
a vida, em toda a sua plenitude”.
Uma nota da Congregação para a Doutrina da
Fé, publicada no início deste ano, explica que “o Ano da Fé será uma ocasião propícia
a fim de que todos os fiéis compreendam mais profundamente que o fundamento da fé
cristã é o encontro com um acontecimento, com uma Pessoa que dá à vida um novo horizonte
e, desta forma, o rumo decisivo”.
O início do Ano da Fé, 11 de outubro 2012,
coincide com dois grandes eventos que marcaram a face da Igreja nos nossos dias: o
50º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II e o 20º aniversário da promulgação
do Catecismo da Igreja Católica, oferecido à Igreja pelo Beato João Paulo II. (CM)