Mianmar: Bispos aprovam anistia concedida pelo governo a centenas de prisioneiros
políticos
Yangun (RV) - O Presidente birmanês, Thein Sein, aprovou na sexta-feira uma
anistia a 650 prisioneiros políticos.
Entre os libertados, há detentos importantes,
como o ex-premiê Khin Nyunt; o monge budista Ashin Gambira, um dos promotores da "Revolução
Açafrão" organizada em setembro de 2007; e Min Ko Naing, um dos líderes "88 Generation
Students Group", que em 2003 tinha promovido um projeto de reformas democráticas.
A
anistia foi acolhida favoravelmente também pelos Bispos birmaneses, que concluíram
em Yangun, sexta-feira passada, a Assembleia da Conferência Episcopal.
Em
declarações à Agência Fides, o Presidente da "Comissão Justiça e Paz" dos Bispos,
Dom Raymond Saw Po Ray, afirmou que faz votos de que gesto promova o melhoramento
do respeito pelas liberdades no país.
"A libertação dos prisioneiros políticos
e de consciência é um ponto primordial, várias vezes solicitado pela comunidade internacional.
Acreditamos ser um sinal de esperança para a justiça, a paz e os direitos humanos",
afirmou.
Segundo Dom Ray, na Assembleia os Bispos debateram questões pastorais,
mas sem perder de vista as evoluções da sociedade birmanesa. "Estamos confiantes sobre
o fato de que a Igreja e todos os cristãos poderão ter um papel importante e contribuir
para a construção de um futuro de paz, liberdade e justiça em Mianmar". (BF)