2012-01-16 18:28:42

Diretor-Geral da Fundação Migrantes reflete sobre palavras do Papa: "migrantes não são números, mas pessoas


Cidade do Vaticano (RV) - Os migrantes não são números, mas pessoas: foi a veemente evocação de Bento XVI no Angelus deste domingo, no 98º Dia Mundial do Migrante e do Refugiado. Sobre as palavras do Papa, que tiveram grande repercussão, se detém o Diretor-Geral da Fundação "Migrantes", Mons. Giancarlo Perego, entrevistado pela Rádio Vaticano:

Mons. Giancarlo Perego:- "O Papa, citando os rostos da imigração e não somente os números, recolocou no centro as pessoas, a dignidade das pessoas imigradas em nosso país, bem como todos os imigrantes no mundo. E o fez também para recordar que, também nas políticas, é necessário estar muito atento, sobretudo, ao fato que temos diante de nós o rosto de um irmão, o rosto de uma pessoa."

RV: Num período de crise econômica há o risco de se fechar um pouco o coração, ao invés de abrir-se a quem se encontra em dificuldade: situação comum de tantos imigrantes...

Mons. Giancarlo Perego:- "Citando o rosto das pessoas, de fato, o Papa convida a se alargar não somente o coração, mas também a se construir uma casa comum com uma maior atenção a todas as pessoas, inclusive aos migrantes, ressaltando – e isso me parece uma passagem muito bonita nas palavras do Angelus – que a paz nasce daí, nasce desse superar contraposições e discriminações. Ademais, são as palavras que o Papa escrevera na Mensagem para este Dia Mundial do Migrante e do Refugiado: a paz nasce de uma atenção à mobilidade hoje no mundo."

RV: "Os migrantes não são somente destinatários – disse o Papa –, mas são também protagonistas do anúncio do Evangelho"...

Mons. Giancarlo Perego:- "Certamente essa conjugação entre nova evangelização e migrações não tem somente como objeto a pastoral migratória, mas tem os migrantes como sujeitos: esse milhão de pessoas que, hoje na Itália, provém de diferentes Igrejas – como ressaltamos nesse Dia Mundial do Refugiado – deve ser visto como sujeito protagonista da nova evangelização. Creio que esse é um convite muito forte a repensar também as nossas comunidades cristãs, colocando também no centro da participação eclesial pessoas que provêm de histórias e experiências católicas diferentes." (RL)







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