2012-01-15 15:26:29

Dia Mundial do Migrante e do Refugiado


Cidade do Vaticano (RV) - Neste dia 15 de janeiro comemoramos o Dia do Mundial do Migrante e do Refugiado. Com o tema “Migrações e nova evangelização”; o Papa Bento XVI nos convida a acolher os migrantes e refugiados e evitar a discriminação.

O Dia Mundial do Migrante e do Refugiado foi instituído em 1914 pelo Papa Bento XV, conhecido também como “o Papa da Paz”. Naquela época, o mundo vivia o triste conflito da 1ª Guerra Mundial. O Papa Bento XV nomeou um bispo para assistir aos refugiados e vítimas da guerra e quis que fosse celebrada a Jornada do migrante. Desde então, essa data se repete todo ano, no primeiro domingo após o Batismo de Jesus.

Para o Dia Mundial do Migrante e do Refugiado de 2012, o Papa Bento XVI escreveu uma mensagem com o tema “Migrações e nova evangelização”. A questão do migrante e do refugiado é bastante atual para o Brasil, pois a economia do nosso país tem crescido e, assim, atraído pessoas na busca de melhores condições de vida e oportunidade de emprego, e também pessoas que fogem de perseguições, guerras, fome e catástrofes naturais.

O Papa destaca que é urgente promover a evangelização em um mundo onde a queda das fronteiras e a globalização deixaram as pessoas mais próximas, tanto pelos meios de comunicação quanto pela facilidade de deslocamento.

O tema “Migrações e nova evangelização” foi escolhido, explica Bento XVI, porque a Igreja é chamada a “realizar uma nova evangelização no complexo fenômeno da mobilidade humana”. Essa mobilidade tem produzido “uma mistura de pessoas e povos” nunca visto anteriormente, com problemáticas no campo humano, ético, religioso e espiritual. “O nosso tempo está marcado por tentativas de cancelar Deus e a doutrina da Igreja do horizonte da vida”.

A Igreja enfrenta o desafio de ajudar os migrantes a manterem firme a fé, afirma o Papa, através do diálogo respeitoso e do testemunho concreto da solidariedade, e até mesmo de um renovado anúncio da Boa Nova.

Destaca Bento XVI que muitos migrantes de regiões não cristãs e que ainda não encontraram Jesus Cristo pedem para ser acolhidos em países de tradição cristã. Esse é o caso de nosso país, o Brasil. Nessa situação, o Papa afirma que é necessário “encontrar modalidades adequadas para que possam encontrar e conhecer Jesus Cristo e experimentar o dom inestimável da salvação, que para todos é fonte de vida em abundância”. Os migrantes podem, também, tornar-se anunciadores do Reino.

“Sacerdotes, religiosos e leigos assumem um papel decisivo”, diz Bento XVI. Ele nos convida a “procurar caminhos de partilha fraterna e anúncio respeitoso, superando contrastes e nacionalismos”. Precisamos cooperar com aqueles que partem e também com os que chegam, enfim, todos que precisam de acolhimento do próximo.

“Os refugiados que pedem asilo, fugindo de perseguições, violências e situações que põem em perigo a sua vida, têm necessidade da nossa compreensão e acolhimento, do respeito pela sua dignidade humana e seus direitos, assim como da consciência dos seus deveres”.

Devemos evitar discriminação e buscar atitudes de reinserção e solidariedade. “Sacerdotes, religiosos e religiosas, leigos, e sobretudo os jovens e as jovens, mostrem-se sensíveis e ajudem os irmãos e irmãs que, tendo fugido da violência, se devem confrontar com novos estilos de vida e com dificuldades de integração. O anúncio da salvação em Jesus Cristo será fonte de alívio, esperança e alegria completa”.

Por fim, o Papa nos convida a pedir a intercessão de Nossa Senhora do Caminho. (SP)








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