Bispos portugueses criticam influência da maçonaria na política
Cidade do Vaticano (RV) – Ao final do Conselho Permanente da Conferência Episcopal
Portuguesa (Cep) que aconteceu em Fátima nesta quarta-feira, Dom José Policarpo criticou
“a influência direta da maçonaria nos acontecimentos políticos”, afirmando contudo
que “não é necessário que o político assuma publicamente sua condição de maçom”.
Respondendo
assim às perguntas dos jornalistas sobre a recente polêmica relativa as eventuais
relações entre maçonaria, deputados e órgãos de informação, o patriarca de Lisboa
explicou que, do ponto de vista da Igreja, aquilo que é realmente importante é o fato
que “ser católico não é compatível com ser maçom, porque este último refuta a essência
da fé: a Palavra de Deus e a Revelação sobrenatural”, e recordou que o último documento
oficial da Santa Sé é de 26 de novembro de 1983, elaborado exatamente pelo então prefeito
para a Doutrina da Fé, Cardeal Joseph Ratzinger.
O presidente da Cep – refere
a agência Sir – também tornou público que “a atual lei sobre o aborto poderia ser
revisada em breve”: os bispos analisaram um documento apresentado por um movimento
civil que está colhendo assinaturas para “um referendo que pretende proibir o abordo
mediante pedido e impedir a eutanásia”.
“Penso que tenha chegado o momento
de que toda a sociedade tenha consciência das problemáticas no que tange a inviolabilidade
da vida humana, e não somente a Igreja católica”, disse Dom Policarpo.