2012-01-09 19:15:57

Sudão: Carta Pastoral para os fiéis da diocese de Rumbek


Juba (RV) – A distribuição das tarefas entre autoridade civil e religiosa, a caridade como missão primária da Igreja, a nomeação do novo bispo: estes os pontos de reflexão que o Administrador diocesano de Rumbek, no Sul do Sudão, oferece em sua Carta Pastoral publicada no início de 2012.
A Diocese de Rumbek encontra-se vacantes desde o dia 16 de julho do ano passado, dia da morte improvisa de seu bispo, Dom Cesare Mazzolari. Encerradas as consultas através da Nunciatura Apostólica de Cartum, a palavra agora é do Papa Bento XVI, de quem se espera a nomeação do novo bispo. Em relação à distinção entre Estado e Igreja, o administrador diocesano expressa, primeiramente, apreço pelo respeito que as autoridades civis manifestam pelos eclesiásticos e pelas religiosas e pela defesa que garantem à liberdade religiosa, “alicerce dos direitos humanos”.
Em seguida, o sacerdote destaca que a questão dos trabalhadores não sudaneses, residentes, porém, no Sul Sudão, e contra os quais às vezes houve sinais de hostilidade, é de competência do Estado, de acordo com a frase de Marcos “Daí a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”. “Compete, portanto, ao governo civil – destaca Padre Colombo – decidir se garante ou não a esses trabalhadores o visto de permanência e de trabalho e assegurar sua segurança”.
Ainda, a Carta Pastoral lembra que “a Igreja Católica está comprometida no serviço da caridade, como comunhão de pessoas que acreditam em Jesus Cristo e agem motivados pelo Espírito de caridade”. “A nossa missão – continua a carta – não pode ser dedicada aos negócios, ao poder, à política. Ela consiste exclusivamente na caridade sem discriminações, na evangelização, na educação e na assistência sanitária”.
Por fim, Padre Colombo conclui sua carta sublinhando que a construção do Sudão do Sul, 54º Estado africano proclamado independente a 09 de julho de 2011, “é uma tarefa muito grande para todos e todos são chamados a crescer como uma nação, melhorando a comunhão entre as pessoas. A Igreja Católica está comprometida de maneira exclusiva nesta missão”. Nas últimas linhas do documento, portanto, o Sudão do Sul é confiado ao “Deus da paz” para que “inspire e sustente a fé de seu povo”. (SP)








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