Bispos europeus e estadunidenses visitam comunidades católicas da Terra Santa
Jerusalém (RV) - A delegação dos bispos europeus e estadunidenses, que desde
sábado passado se encontra na Terra Santa para levar apoio às comunidades católicas,
realizou na manhã desta segunda-feira um importante encontro no Ministério das Relações
Exteriores de Israel. Foram abordadas, com a participação do vice-Ministro, Danny
Ayalon, algumas das principais questões relacionadas à Igreja local. A esse propósito,
a Rádio Vaticano falou com o Bispo de Urgell e delegado da Conferência Episcopal Espanhola,
Dom Jonh Enric Vives i Sicilia:
Dom Jonh Enric Vives i Sicilia:- "Fizemos
questão de dizer às autoridades israelenses que a Igreja Católica quer manifestar
que não é contra o Estado de Israel, mas quer somente ajudar o povo porque esta é
a nossa tarefa. Não se trata de uma tarefa política, mas de uma tarefa de solidariedade,
de vigilância e de comunhão."
RV: Quais foram os temas dos quais os senhores
trataram?
Dom Jonh Enric Vives i Sicilia:- "Os temas mais difíceis
para as comunidades: por exemplo, o visto para os sacerdotes, seminaristas e religiosos.
Outro problema de relevo para a Igreja Católica na Terra Santa e em Israel diz respeito
às taxas: as autoridades israelenses afirmam que se trata de dívidas históricas. A
Igreja, por sua vez, defende que tais dívidas não eram contempladas. Portanto, está
em andamento uma discussão sobre isso. Outra questão concerne ao uso do Cenáculo:
a Igreja Católica é extremamente firme em defender aquilo que acreditamos ser os nossos
direitos. O ministro fez votos de que consigamos resolver esses problemas ainda este
ano."
RV: Este domingo o grupo dos senhores visitou a comunidade católica
de Gaza, na qual os senhores disseram aos fiéis: "Vocês não estão sozinhos"...
Dom
Jonh Enric Vives i Sicilia:- "A comunidade de Gaza ficou muito contente
com a nossa visita. Também tivemos a oportunidade de visitar uma escola católica de
Gaza: existem outras escolas em Gaza, dentre as quais três católicas, uma ortodoxa
e uma evangélica. Foi um momento de alegria, de partilha e de forte comunhão, uma
visita "pastoral" no sentido pleno do termo, como desejávamos que fosse." (RL)