Cidade do Vaticano (RV) – No último editorial do ano "Octava Dies", o Diretor
da Sala de Imprensa da Santa Sé, Padre Federico Lombardi, comenta a Mensagem do Papa
para o Dia Mundial da Paz: "Educar os jovens para a justiça e a paz", comemorado em
1º de janeiro.
Para o jesuíta, até agora a Mensagem não teve a repercussão
que merece. "Mas isso às vezes acontece: nem sempre as coisas mais importantes são
aquelas de que mais se fala. Na realidade, se os jovens hoje não são educados à paz,
a paz amanhã certamente não existirá" - escreve.
Por ocasião das grandes mudanças
iniciadas no Norte da África e no Oriente Médio, ou também nos movimentos dos indignados
que percorreram os países ocidentais, Pe. Lombardi nota que a atenção é frequentemente
dirigida aos jovens, às suas frustrações e às suas expectativas, a seu modo de comunicá-las
e de expressá-las. "Quais serão seus êxitos, para além do breve espaço conquistado
na mídia? Depende em grande parte da educação, caso contrário, às frustrações do presente
seguirão inevitavelmente às do amanhã."
Padre Lombardi explica que a mensagem
do Papa não se limita a encorajar ou a exaltar um papel ativo dos jovens. Faz entender
que as suas premissas vêm do serviço responsável dos educadores, que não são somente
os pais e os professores, mas também os políticos e os agentes da mídia: ou seja,
todos aqueles que podem e devem transmitir uma orientação àqueles valores sobre os
quais se constrói uma sociedade justa e pacífica.
"Se esses valores são destruídos
pelo relativismo e por uma exaltação da liberdade arbitrária, se não são propostos
com testemunhos concretos de honestidade, de empenho, de solidariedade – e também
de amor –,amanhã não haverá nem justiça nem paz. Se queremos um amanhã menos obscuro,
é preciso enfrentar com decisão as 'emergências educativas' do presente."