Nova York (RV) - A ONU condenou os atos de violência ocorridos desde segunda-feira
na Guiné-Bissau e apelou às autoridades para que realizem uma investigação “conforme
os procedimentos legais”. “O Secretário-geral condena o uso da força na resolução
das diferenças na Guiné-Bissau. A supremacia das autoridades civis legais de acordo
com a Constituição deve ser respeitada”, sublinhou o Porta-voz de Ban Ki-moon, Martin
Nesirky, citado pela agência France Press.
O exército da Guiné-Bissau continua
leal ao Governo que procura suspeitos de um ataque realizado segunda-feira e que o
chefe das Forças Armadas, António Indjai, considerou uma “tentativa de subversão da
ordem constitucional”, enquanto o Governo negou uma tentativa de golpe de Estado,
apesar de confirmar um assalto ao arsenal do Exército. Também a chefe da diplomacia
europeia, Catherine Ashton, está “reocupada com as ações violentas” de segunda-feira
na Guiné-Bissau, condenando “nos termos mais fortes possíveis tais atitudes anticonstitucionais”,
disse o seu porta-voz.
Em comunicado, o porta-voz da Alta Representante da
União Europeia afirmou que “as regras civis devem ser estritamente respeitadas e protegidas
pelas forças militares e de segurança” e que “a subordinação militar ao poder civil
é essencial”, considerando que serão precisas mais reformas do setor da segurança.
Os conflitos militares de segunda-feira levaram à detenção de pelo menos seis pessoas,
entre as quais o chefe do Estado-Maior, Bubo Na Tchuto, que, antes de ser preso, negou
qualquer envolvimento. (SP)