ONU condena violência na Guiné Bissau e pede investigação
(28/12/2011) A ONU condenou os actos de violência ocorridos desde segunda-feira na
Guiné-Bissau e apelou às autoridades para que realizem um inquérito «conforme os procedimentos
legais». «O secretário-geral condena o uso da força na resolução de diferendos
na Guiné-Bissau. A supremacia das autoridades civis legais de acordo com a Constituição
devem ser respeitadas», sublinhou o porta-voz de Ban Ki-moon, Martin Nesirky, citado
pela AFP. O exército da Guiné-Bissau continua leal ao Governo que procura suspeitos
de um ataque realizado segunda-feira e que o chefe das Forças Armadas, António Indjai,
considerou uma «tentativa de subversão da ordem constitucional», enquanto o Governo
negou uma tentativa de golpe de Estado, apesar de confirmar um assalto ao paiol do
Exército. Também a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, está «preocupada
com as acções violentas» de segunda-feira na Guiné-Bissau, condenando «nos termos
mais fortes possíveis tais atitudes anti-constitucionais», disse o seu porta-voz.
Em comunicado, o porta-voz da Alta Representante da União Europeia afirmou que
«as regras civis devem ser estritamente respeitadas e protegidas pelas forças militares
e de segurança» e que «a subordinação militar ao poder civil é essencial», considerando
que serão precisas mais reformas do sector da segurança. Os conflitos militares
de segunda-feira levaram à detenção de pelo menos seis pessoas, entre as quais o chefe
do Estado-Maior da Armada, Bubo Na Tchuto, que, antes de ser preso, negou qualquer
envolvimento.