2011-12-27 12:00:27

Paquistão: visita do Conselho Mundial das Igrejas


Islamabad (RV) – Maior proteção pelas minorias religiosas no Paquistão e uma reforma legislativa urgente para rever a lei da blasfêmia: é o que pediu uma delegação do Conselho Mundial das Igrejas (KEK), em visita a Islamabad e Lahore nos dias 19 e 20 de dezembro. A delegação, liderada por Kjell Magne Bondevik, membro da Comissão das Igrejas para os Assuntos internacionais, encontrou o primeiro ministro paquistanês, Gilani, os líderes religiosos, as organizações civis e alguns representantes das Nações Unidas que atuam no País.

Em todas as conversas, a delegação do Conselho Mundial das Igrejas abortou a questão da controvertida lei da blasfêmia, que muitas vezes é utilizada, com flagrantes abusos, contra as minorias religiosas paquistanesas, que são o 3% da população, inclusive os cristãos. “Os cristãos – afirmou o Rev. Bondevik – tiveram um papel significativo no desenvolvimento do Paquistão. As leis que os discriminam são um atraso e em nada contribuem, a não ser medo e insegurança para todas as suas comunidades”. Em nome de todas as Igrejas, portanto, o chefe da delegação ecumênica destacou o apoio “aos princípios da igualdade, da harmonia interreligiosa e a uma sociedade mais justa”.

Por isso, a exortação do Conselho Mundial das Igrejas ao governo paquistanês para que garanta “iguais direitos a todos os cidadãos, prescindido de sua fé e de seu credo religioso”. Destacando, ainda, a urgência de “uma reforma legislativa”, o Conselho lamentou também a parcialidade dos meios de comunicação, considerados responsáveis por “não fazerem o suficiente para criar um diálogo positivo com o objetivo de proteger as minorias religiosas e de alimentar preconceitos injustificados”.

Durante a visita, por fim, a delegação do Conselho Mundial das Igrejas encontrou-se também com algumas lideranças islâmicas e junto com elas lembrou o papel da cooperação interreligiosa “em prol de uma sociedade pacífica e tolerante”. (SP)








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