Papa lembra vítimas das cheias nas Filipinas. Bento XVI presidiu à recitação do Angelus,
alertando para o «ruído» quem afasta do essencial na celebração do Natal
(18/12/2011) Bento XVI manifestou hoje no Vaticano a sua proximidade às populações
das Filipinas, afetadas pela passagem da tempestade Washi, que provocou mais de 500
mortos e centenas de desaparecidos. “Desejo assegurar a minha proximidade às populações
do sul das Filipinas, atingidas por uma violenta tempestade tropical. Rezo pelas vítimas,
em grande parte crianças, pelos sem-abrigo e pelos numerosos desaparecidos”, disse
o Papa, após a recitação da oração do Angelus, na Praça de São Pedro. A tempestade
atingiu as Filipinas na madrugada de sábado com ventos e chuvas fortes que, rapidamente,
alagaram uma grande região da ilha de Mindanao.
Diante de milhares de peregrinos,
Bento XVI lembrou ainda a proximidade da celebração do Natal, apelando a “acolher
dignamente o Filho de Deus”. “Que o ruído e a agitação da preparação do Natal não
impeçam de ver e compreender o essencial: Deus vem salvar o seu povo”, afirmou. A
reflexão do Papa antes da recitação do Angelus foi sobre a “virgindade de Maria” que,
para Bento XVI, é garantida pela “divindade de Jesus”. “Não só a Virgem Maria concebeu,
mas fê-lo por obra do Espírito Santo, isto é, do próprio Deus. O ser humano que começa
a viver no seu seio toma a carne de Maria, mas a sua existência deriva totalmente
de Deus”, indicou. A virgindade de Maria é única e irrepetível; mas o seu significado
espiritual toca cada um dos cristãos enquanto está ligado á fé; de facto quem confia
profundamente no amor de Deus acolhe em si Jesus, a sua vida divina, pela acção do
Espírito Santo. É este o mistério do Natal! Desejo a todos vós que o possais viver
com intima alegria.
Em espanhol, o Papa aludiu à beatificação de 22 missionários
e um leigo, em Madrid, assassinados em 1936, durante a Guerra Civil, deixando votos
de que este “testemunho de fé e caridade” sirva de “estímulo e exemplo” para os católicos. “
Á alegria pela sua beatificação une-se a esperança de que o seu sacrifício produza
ainda tantos frutos de conversão e de reconciliação.”