2011-12-17 13:06:54

Sri Lanka: proibido cantos de Natal


Kuala Lumpur (RV) – Duas igrejas em Klang, um subúrbio de Kuala Lumpur, receberam uma nota em que pede nomes e detalhes das pessoas que cantam cantos natalinos (os tradicionais "carols") porque, segundo os oficiais, é necessária uma autorização prévia das forças de segurança para poder executá-los nas igrejas e casas. Como observam as fontes locais da agência Fides na comunidade cristã, os fiéis definem tais pedidos “absurdos e inadmissíveis”.

O jesuíta Padre Lawrence Andrew, Diretor da revista semanal diocesana "Herald" explica: “Trata-se de uma interpretação restrita das normas existentes sobre o exercício da atividade de culto e da liberdade religiosa. A polícia está em confusão total. Depois dos protestos dos cristãos, representantes do Governo desmentiram a necessidade de tais autorizações”.

Numa nota enviada à agência Fides, o Bispo de Melaka-Johor e Presidente da Conferência Episcopal, Dom Paul Tan Chee Ing, afirma que tais restrições transformariam o país “quase num estado de polícia”, se os agentes continuassem a pretender “tais requisitos burocráticos”. Fontes de Fides veem motivos políticos e eleitorais por trás de episódios desse tipo.

O Primeiro-Ministro Najib Kazak tinha aumentado as esperanças da sociedade civil sobre o início de uma nova era de reformas, com a sua decisão de anular uma série de leis polêmicas, como a lei sobre a segurança interna (ISA), introduzida pela Malásia depois da independência da Grã Bretanha em 1957. A lei permite a detenção sem processo e limita a imprensa e os direitos a realizar reuniões. O documento, come prometido pelo Governo, deveria ter sido substituído por uma nova lei em 2011, criada para regularizar a Malásia com as leis internacionais.

O governo, observam as fontes de Fides na Malásia, se pronunciou em tal sentido para acalmar a população, depois das manifestações nas ruas do movimento "Bersih 2.0" (que significa "limpeza"), realizadas em Kuala Lumpur em julho passado, que pediam “transparência e direitos”. Um novo projeto de lei denominado “Peaceful Assembly Bill”, que regula o exercício do direito de reunião e manifestações, aprovado nas semanas passadas pela Câmara Baixa do Parlamento, atribui, ao invés mais poderes de controle preventivo ao executivo e autoridades de polícia e isso causou protestos na sociedade civil e também entre as minorias religiosas, reunidas no “Malaysian Consultative Council of Buddhism, Christianity, Hinduism, Sikhism and Taoism”. (SP)







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