Papa pede paz e libertação de todos os reféns na Colômbia
Bogotá (RV) – O Papa Bento XVI pediu que se abram caminhos de diálogo para
que a Colômbia possa conseguir a paz que seu povo tanto anseia, e apelou pela libertação
de militares, policiais e civis sequestrados no país andino – informou a Conferência
Episcopal da Colômbia (CEC).
Uma mensagem do Secretário de Estado de Vaticano,
Cardeal Tarcisio Bertone, enviada ao Secretário-Geral da Conferência Episcopal da
Colômbia e bispo de Fontibón, Dom Juan Vicente Córdoba, assegura que o Papa “dirige
seu pensamento e reza pela amada terra colombiana, de modo especial por todos os militares,
policiais e civis no cativeiro”.
No telegrama, o Papa quer testemunhar a sua
proximidade aos reféns “por este injusto sofrimento, que nenhuma reivindicação política
ou social autêntica justifica”. Por outro lado, Bento XVI pede ao Senhor “a conversão
de seus captores”.
Em resposta ao telegrama, o episcopado fez um chamado a
todos os fiéis e pessoas de boa vontade para que a partir de 16 de dezembro, até o
dia 24, dediquem a intenção da Novena de Natal à libertação dos sequestrados.
Dom
Córdoba recordou a disponibilidade da Igreja em mediar espaços de diálogo entre os
grupos armados e o Estado, sempre e quando o Presidente Juan Manuel Santos fizer este
pedido à Igreja.
Segundo a ONG “Fundación País Libre”, nas mãos das Forças
Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) estão hoje 11 policiais e militares, conhecidos
como “trocáveis”, pois os guerrilheiros alegam que serão libertados quando o Governo
colombiano fizer o mesmo com mais de 500 rebeldes presos em cárceres do país.
Recentemente,
as FARC executaram três policiais e um militar, ao constatar a presença de forças
do Estado em uma região da floresta no departamento del Caquetá.
O presidente
colombiano, Juan Manuel Santos, reiterou que um proceso de paz se iniciará somente
quando os rebeldes libertarem todos os sequestrados em seu poder. As FARC, por sua
vez, asseguram que continuarão libertando unilateralmente seus reféns, mas reafirmam
que para iniciar diálogos de paz, é necessária a troca de prisioneiros. (CM)