Bispo de Setúbal alerta contra cultura do «salve-se quem puder» e pede gesto em favor
da Caritas
(15/12/2011) O bispo de Setúbal alertou contra a cultura do “salve-se quem puder”,
exigindo aos católicos que saibam “cultivar o bem comum, fazendo suas as alegrias,
os sonhos e as dificuldades das outras pessoas”. Após agradecer “tantos e tão belos
gestos de dedicação aos mais pobres” na diocese, o prelado propõe “um pequeno gesto
de acolhimento fraterno, em ordem a um Bom Natal”. “Há famílias, que na noite de
Natal, abrem a mesa a outras pessoas. É um gesto belo. Convido-o, a fazê-lo, mesmo
se não convidar alguém para a sua mesa, entregando na Caritas Diocesana de Setúbal
o valor correspondente a esse gesto ou mais ainda”, escreve. O bispo sublinha que
os “meios de apoio aos mais carenciados estão esgotados, dado o aumento de pedidos
de ajuda”. A mensagem episcopal refere que “quem acolhe o amor do Deus Menino,
com um coração simples e aberto, encontra, seja qual for a sua situação, (nova) luz
e esperança para abrir novos caminhos no seu coração e na sociedade”. “É bom e
possível e urgente ser justo, verdadeiro, acolhedor e fraterno”, pode ler-se. Para
D. Gilberto Reis, “quem acolhe o amor do Deus Menino é capaz de renunciar ao seu justo
conforto para ajudar os mais pobres a crescerem”. “Fazer-se próximo e acolher o
irmão que sofre é condição e fruto dum bom e feliz Natal”, assinala o prelado.