Bento XVI visitará no próximo domingo penitenciária romana
Cidade do Vaticano (RV) - No próximo dia 18 de dezembro, último domingo de
Advento, o Papa Bento XVI deixará o Vaticano para realizar uma visita ao novo Complexo
da Penitenciária de Rebibbia, na periferia de Roma. Na estrutura de detenção, o encontro
com os encarcerados terá lugar na Igreja do Pai Nosso. Na ocasião, o Papa responderá
algumas perguntas dos detentos e na conclusão abençoará uma árvore plantada diante
da igreja como recordação da visita.
Entretanto, fervem os preparativos em
vista da visita do Papa à Penitenciária de Rebibbia. Será a segunda vez que Bento
XVI visitará uma prisão, depois da histórica visita de 18 de março de 2007 ao cárcere
de menores de Casal Del Marmo. Cerca de 300 pessoas estarão presentes na igreja dedicada
ao Pai Nosso. Um encontro muito esperado pelos detentos e pelos funcionários do cárcere,
levando em consideração que a vida dentro dos institutos penais na Itália piorou sensivelmente
nos últimos anos por causa da superlotação, da falta de funcionários, e da excessiva
presença de estrangeiros e de pessoas provenientes das camadas sociais mais baixas
da sociedade, e do corte de verbas destinadas à gestão das estruturas penitenciárias.
Ao
capelão da Penitenciária de Rebibbia, Padre Pier Sandro Spriano, a Rádio Vaticano
perguntou sobre o significado dessa visita do Santo Padre...
R. “Do meu ponto
de vista, do ponto de vista dos detentos e de todos os funcionários do cárcere há
um significado extremamente importante, porque em um período em que os encarcerados
são praticamente abandonados pelas instituições – porque existem outros problemas,
porque não existem verbas – a Igreja, na sua expressão maior que é o Papa, vem até
aqui para dizer “nós estamos com vocês”, e isso é importante. E depois que a visita
possa também ser o prelúdio de um gesto que convença os políticos a fazerem algo urgentemente
para resolver o problema da superlotação, que reduz a dignidade de todos. Mas é sobretudo
uma visita pastoral; e queremos ouvir que a Igreja está próxima”. (SP)