Faleceu antigo presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais. Bento
XVI deixa votos de que o testemunho do cardeal John Foley seja exemplo para a Igreja,
neste campo
(12/12/2011)O cardeal norte-americano D. John Foley, antigo presidente do Conselho
Pontifício para as Comunicações Sociais, morreu este domingo aos 76 anos. D. John
Foley, ordenado padre em 1962, concluiu o doutoramento em Filosofia e mestrado em
Jornalismo, tendo sido chamado ao Vaticano pelo Papa João Paulo II em 1984 para presidir
ao Conselho da Comunicações Sociais, Centro Televisivo e Filmoteca do Vaticano. Bento
XVI criou-o cardeal em 2007, nomeando-o grão-mestre da Ordem Equestre do Santo Sepulcro
de Jerusalém, cargo que deixou por motivo de doença em 2010, ano em que regressou
à sua diocese de origem, Filadélfia, EUA, onde faleceu numa casa para clero idoso. Em
telegrama enviado ao arcebispo de Filadélfia, D. Charles Chaput, o Papa lembra o “compromisso
de toda a vida” do falecido cardeal Foley na “presença da Igreja nos media”, deixando
votos de que “inspire outros para assumir este apostolado tão essencial na proclamação
do Evangelho e no progresso da nova evangelização”. O atual diretor da Sala de
Imprensa da Santa Sé, o jesuita italiano P. Federico Lombardi, que sucedeu ao cardeal
na direção do Centro Televisivo Vaticano, recordou-o como “servidor da comunicação”. “Estou
muito tocado pessoalmente, mas ao mesmo tempo, em paz. A sua morte não é inesperada.
Regressou ao seu país porque sabia que esta seria a última etapa da sua vida. O cardeal
Foley era muito conhecido e admirado pela sua gentileza e espiritualidade”, declarou. P.
Lombardi destacou a “atenção competente” de D. John Foley para “entender e explicar
a todos como funciona o mundo das comunicações sociais”, depois de ter dirigido as
publicações e media da sua diocese “desde os tempos de jovem sacerdote”. “Sentia-se
colega e amigo de todos os que trabalhavam neste campo. Sentimo-nos muito ligados
e gratos a ele”, acrescentou o porta-voz da Santa Sé sobre o prelado que morreu com
leucemia. Com o falecimento do cardeal norte-americano o Colégio Cardinalício conta
agora com 192 membros, 83 dos quais completaram 80 anos, pelo que o número de cardeais
eleitores num eventual conclave é agora de 109.