Cidade do Vaticano (RV) - O editorial do Diretor Geral da RV esta semana é
dedicado à questão da migração. Segundo as previsões, ainda neste século, 200 milhões
de pessoas se somarão ao atual número de migrantes no mundo. A crise econômica não
reduz os problemas gerados com as migrações, mas apenas os agrava, sob diversos pontos
de vista.
Homens e mulheres continuarão a deixar seus países em fuga da pobreza,
de catástrofes naturais e da opressão. Continuarão a arriscar suas vidas atravessando
o Mediterrâneo, o Mar Vermelho, o deserto do Sinai ou do Arizona.
O sacerdote
jesuíta se questiona: “Como protegê-los, como acolhê-los, como dar-lhes chances de
vida mais seguras e dignas? O que fazer para que não sejam vistos como um perigo,
mas como vanguardas e construtores de pontes para unir a humanidade?
A Santa
Sé está bastante envolvida neste campo. Já Pio XII quis constituir na Cúria Romana
um Conselho específico para estes problemas, e Paulo VI o reforçou.
Agora,
a Santa Sé pediu e foi aceita como membro pleno da Organização Internacional para
as Migrações em Genebra, para intensificar seu compromisso e participação solidária
com a comunidade dos povos.
Baseada na firme convicção da dignidade de toda
pessoa humana, a Santa Sé quer ser uma voz em defesa de seus direitos e dar repercussão
à experiência operacional das organizações católicas engajadas em todos os continentes,
oferecendo conteúdo e credibilidade às suas palavras e propostas.
O Diretor
da Sala de Imprensa da Santa Sé encerra o editorial com a afirmação que “com os migrantes,
com os refugiados, dando-lhes a possibilidade de viver e crescer, devemos construir
juntos um futuro comum”. (CM)