Padre Tolentino de Mendonça e Santiago Calatrava nomeados pelo Papa consultores do
Conselho da Cultura. Padre Tolentino diz que nomeação reconhece trabalho em Portugal,
e fala em responsabilidade acrescida
(10/12/11) P.Tolentino de Mendonça, professor da Universidade Católica de Lisboa,
consta em primeiro lugar na lista de dez consultores do Conselho Pontifício da Cultura,
hoje nomeados pelo Santo Padre. Seguem-se outros três padres professores universitários,
do Benim; Itália e Espanha; e seis leigos: o arquiteto espanhol Santiago Calatrava;
um professor de Filosofia, da Catalunha; um italiano especialista de Ciências Espaciais;
Joachim Singer, cientista alemão, diretor do Instituto Max Planck; um professor de
Física nos Estados Unidos; e ainda uma crítica de arte, responsável da Coleção de
Arte Contemporânea dos Museus do Vaticano; e uma belga, diretora de um Instituto para
o Diálogo e Dinâmicas Interculturais, de Bruxelas. O Santo Padre nomeou também
oito membros do mesmo Conselho Pontifício da Cultura: os cardeais arcebispos de Kinshasa
e de Washington; D. Salvatore Fisichella, presidente do Conselho para a Nova Evangelização;
outros dois bispos; e finalmente o maestro Arvo Pärt, músico e compositor, natural
da Estónia, e o filósofo francês Luc Marion, professor da Sorbonne. O padre e poeta
José Tolentino Mendonça, nomeado por Bento XVI como consultor do Conselho Pontifício
da Cultura, considera que a escolha reconhece o trabalho realizado em Portugal. O
sacerdote, nascido na Madeira, recebeu a notícia com “alegria” porque a nomeação “também
é um reconhecimento por todo o trabalho da Pastoral da Cultura que está realizado
em Portugal há uma década e que vai ganhando uma expressão cada vez maior”. O diretor
do Secretariado Nacional da Pastoral da Cultura (SNPC) disse que encara a missão com
“sentido de responsabilidade” e vontade “de estar disponível e ser útil para assessorar
naquilo que for necessário”. “Esta organização da Igreja, o Conselho Pontifício
para a Cultura, tem uma frescura e um alcance ao diálogo da Igreja com o mundo que
é de facto uma nota de enorme esperança”, acrescentou.