2011-12-10 12:56:44

Bento XVI encoraja as cooperativas, o micro-crédito e "uma economia animada pela lógica da comunhão e da fraternidade"


(10/12/11) “Que a economia e o mercado nunca se desliguem da solidariedade”: pediu Bento XVI, dirigindo-se aos dirigentes da Confederação das Cooperativas Italianas e da Federação Italiana das Caixas de Depósitos de Crédito Cooperativo.
O Papa começou por sublinhar a importância da cooperação católica que surgiu na Itália na sequência da publicação, há 120 anos, da “Rerum Novarum”. Esta Encíclica do Papa Leão XIII – observou - favoreceu a presença ativa dos católicos na sociedade italiana, com a criação de cooperativas, associações de mútuo apoio, empresas sociais e outras obras de interesse público. Tudo isso para favorecer o apoio material da população e com uma atenção permanente à família.
Para Bento XVI, as organizações de tipo cooperativo não são apenas uma exigência de ordem económica: brotam também do desejo de viver uma experiência de unidade e de solidariedade, que leve à superação das diferenças económicas e dos conflitos sociais entre os diversos grupos. “É precisamente no empenho de conjugar harmonicamente a dimensão individual e a dimensão comunitária que está o fulcro da experiência das cooperativas. É uma expressão concreta da complementaridade e da subsidiaridade que a doutrina social da Igreja desde sempre promove entre a pessoa e o Estado, articulando de modo equilibrado a tutela dos direitos do indivíduo e a promoção do bem comum.” “Numa época de grande transformações, de persistente precariedade económica, de dificuldades no mundo do trabalho, a Igreja sente o dever de anunciar com novo vigor a Mensagem de Cristo, com a força de humanização e a carga de esperança no futuro que ela contém”.
Observando que “a economia e o mercado nunca se deverão separar da solidariedade”, Bento XVI encorajou os representantes das Cooperativas e do Crédito Cooperativo a “valorizarem sempre o homem na sua inteireza, para além de todas as diferenças de raça, língua ou credo religioso”, favorecendo também novas experimentações, tendo em conta o magistério social da Igreja: por exemplo organizações sociais de desenvolvimento, experiências de micro-crédito e “uma economia animada pela lógica da comunhão e da fraternidade”.








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