Mianmar: Centenário da Catedral reúne budistas e autoridades políticas
Yangon (RV) - O enviado especial de Bento XVI a Mianmar (antiga Birmânia),
Cardeal Renato Raffaele Martino, vai celebrar nesta quinta-feira o centenário da primeira
Catedral católica do país.
Em declarações à agência AsiaNews, o Arcebispo de
Rangun, Dom Charles Maung Bo, confirmou a presença da líder da oposição Aung San Suu
Kyi, Nobel da Paz, durante a celebração desta quinta-feira, apesar de ela professar
a fé budista. "Aung San Suu Kyi se une a nós para testemunhar solidariedade às pessoas;
ela quer mostrar que encoraja todas as religiões e todos os grupos étnicos", declarou
o Arcebispo.
Para Dom Maung Bo, se trata de um momento significativo para a
comunidade cristã, "por sua história e por sua fé, mas também pelo futuro e o papel
que os cristãos querem desempenhar num país livre e democrático''.
Também
estará presente o Ministro do Exterior que, segundo fontes governamentais, fará um
breve pronunciamento durante a celebração dos 100 anos da Catedral de Santa Maria,
recentemente restaurada.
Ao nomear o Card. Martino como seu enviado, o Papa
recorda que a celebração do centenário da catedral é "sinal da gratidão dos pastores
e dos fiéis a Deus pelos benefícios que, com o passar dos anos, o Senhor concedeu
a toda comunidade eclesial".
Durante a celebração do centenário, o Card. Martino
lerá uma mensagem do papa e levará as saudações de Bento XVI às autoridades civis
e religiosas budistas, bem como a todos os que têm em particular consideração a missão
da Igreja.
Em Mianmar, os católicos representam cerca de 1% da população, de
maioria budista. (BF)