Encerra-se o encontro da OSCE: "reforçar a segurança para as minorias religiosas"
Vilnius (RV) – Concluiu-se na manhã desta quarta-feira o encontro dos 56 Ministros
do Exterior da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE). No centro
das discussões, as irregularidades das eleições na Rússia e a liberdade religiosa
no mundo, em particular as perseguições contra cristãos.
Menção ainda às eleições
que se sucederam à “Primavera Árabe”, sendo ressaltado que os novos governos deveriam
respeitar as minorias religiosas. Segundo o sociólogo Massimo Introvigne, membro da
Organização, “no Norte da África, os cristãos não se contentam com a intolerância:
não querem ser simplesmente tolerados, mas querem ser cidadãos respeitados, com plena
possibilidade de acesso inclusive a cargos políticos e militares”.
O sociólogo
também ressaltou a importância de se continuarem os esforços para uma convenção internacional
que proteja os lugares de culto, especialmente os das minorias religiosas, como igrejas
e sinagogas no Norte da África, bem como cemitérios, arquivos e edifícios religiosos.
E ele destacou: “pode parecer que, em situações nas quais com frequência são
discriminadas e agredidas pessoas, pensar na proteção dos locais de culto seja secundário.
Mas não é assim. A experiência demonstra que destruir igrejas significa querer matar
a alma das comunidades cristã, e quem tenta matar a alma não tem respeito nem pelo
corpo e nem pela vida dos cristãos”.
Numerosos países sustentam a ideia de
uma convenção internacional para a proteção dos locais de culto e dos cemitérios.
Participou
do encontro também o Secretário para as Relações com os Estados, Arcebispo Dominique
Mamberti. (ED)